“…Originalmente, concebia-se o perfeccionismo como um construto unidimensional e atualmente identificam-se modelos multidimensionais (Hewitt & Flett, 1991;Frost, Marten, Lahart, & Rosenblate, 1990), que capturam dimensões que podem ser empiricamente combinadas com fatores de ordem superior envolvendo tanto os esforços perfeccionistas (tendência de estabelecer padrões elevados e se esforçar para alcançá-los) quanto às preocupações perfeccionistas (percepção de outros como pressão para busca por perfeição), assumindo características adaptativas e desadaptativas (Hill & Curran, 2015;Pannhausen, Considerando que os modelos existentes de perfeccionismo se centravam nos fatores antecedentes, acompanhantes ou em seus efeitos, Slaney, Mobley, Trippi, Ashby e Johnson (1996) buscaram preencher esta lacuna ao considerar seus aspectos positivos e negativos compreendendo o perfeccionismo como sendo a interação entre padrões pessoais do indivíduo e sua percepção sobre a discrepância entre o desempenho atual e os seus padrões (ou seja, avaliação de desempenho). Foram considerados três aspectos, dois envolvendo a busca por padrões elevados e a apreciação por ordem caracterizando uma forma de perfeccionismo adaptativo, e uma terceira dimensão (discrepância), que avalia "a percepção que as pessoas têm de que não estão cumprindo seus próprios padrões elevados" (p. 9) e é considerada um indicador de perfeccionismo desadaptativo (Arana, Rice, & Ashby, 2017).…”