“…(ZEHR, 2006, p. 411) Como foi sugerido pela professora Elizabeth Elliott em conferência sobre Justiça Restaurativa 7 , esta, como um tipo ideal de justiça (e de certa forma também em suas práticas), tem sua existência e o seu conhecimento baseados numa consciência assentada em duas principais características ou principios: (i) na ética da responsabilidade coletiva (o que a professora Elizabeth Elliott comentou sobre os valores universais); e (ii) nas relações interpessoais. (ELLIOT; GORDON, 2005) Isso implica que este modelo de justiça leve em consideração a multidimensionalidade humana (RAMOS, 1981;ROSS, 1996;SALM, 2009). Isto significa que o ser humano deixa de ser um ser unidimensional (o ofensor, a vítima, a ladra, a assassina, o bêbado, o viciado, o traficante, o estuprador) e passa a ter várias faces (vítima, ofensor, pai, mãe, filho, filha, católico, protestante, judeu, preto, branco, heterossexual, homossexual, mulher, homem, trabalhador, desempregado, líder comunitário, deputado, professor, médico, carpinteiro, músico, artista, pessoa feliz, rancorosa, odiosa, triste, ansiosa, tranquila, teimosa, bondosa, caridosa, etc...).…”