do Rio Preto (FAMERP), Ribeirão Preto, Brasil RESUMO -O granuloma facial é uma patologia cutânea rara, idiopática e benigna, com predomínio em homens caucasianos entre a terceira e quinta décadas de vida. Caracteriza-se histologicamente por um infiltrado inflamatório misto, em que fenômenos de vasculite e fibrose se associam, com predomínio na face, de curso crônico e lentamente progressivo. O diagnóstico baseia-se na história clinica, exame físico e histopatológico, com recente destaque para a dermatoscopia, que revela aspectos que podem possibilitar uma diferenciação inicial com outros diagnósticos (sarcoidose, lúpus eritematoso cutâneo, dentre outros). Existem várias opções terapêuticas propostas, porém com resultados pouco satisfatórios. Neste trabalho, relatamos dois casos de pacientes com lesões eritematosas faciais em que a dermatoscopia teve grande valor como ferramenta diagnóstica. O uso dessa modalidade deve crescer nos próximos anos em relação à essa patologia, já que, além de fornecer características importantes da doença, consiste em uma maneira simples e fácil de identificar o granuloma facial. PALAVRAS-CHAVE -Dermoscopia; Diagnóstico Diferencial; Granuloma Eosinofílico; Dermatoses Faciais.
Dermoscopy of Granuloma
INTRODUÇÃOO granuloma facial é uma patologia cutânea rara, idiopática e benigna, com predomínio em homens caucasianos entre a terceira e quinta décadas de vida.1 Foi descrito pela primeira vez em 1945 por Wigley como um "granuloma eosinofilico cutâneo" e posteriormente, em 1952, por Pinkus, como uma "granuloma facial".
2De etiologia ainda obscura o granuloma facial parece ser mediado por imunocomplexos. Sabe-se que alguns fatores podem favorecer esta patologia, radiação, trauma, alergia e reação Arthus-like, 3 outros podem exacerbá-la: exposição ao sol e calor.4 Sua fisiopatologia. As lesões com predomínio na face, têm curso crônico e lentamente progressivo e podem manifestar-se por pápulas, placas ou nódulos, solitários ou múltiplos, que não tendem a ulcerar e cuja coloração varia de vermelho a violeta (lesões castanho-avermelhadas). A apresentação mais comum é uma placa solitária em asa nasal (30%). O envolvimento extra-facial é raro, mas pode ocorrer, como já foi relatado, em dorso, membros superiores, região torácica, ombros e