Avaliou-se, neste trabalho, a qualidade de grãos de milho durante o armazenamento, em decorrência da infestação por Tribolium castaneum, Sitophilus zeamais e associação entre eles. Grãos de milho, colhidos com 20 % b.u. de teor de água, foram secos, fumigados e posteriormente armazenados, em porções de 40 kg em 60 recipientes metálicos com capacidade de 229 litros, em condição ambiente de Viçosa-MG. Do total de recipientes, 15 foram infestados com 20 insetos adultos de S. zeamais; 15, com 20 insetos adultos de T. castaneum;15, com 10 insetos adultos de S. zeamais e 10 de T. castaneum, e 15 foram mantidos sem infestação. Em seguida, e a cada 45 dias, durante 180 dias, foram retiradas amostras de 1 kg para avaliação dos grãos quanto ao teor de impurezas, ao teor de matéria estranha, ao teor de água, à massa específica aparente, ao índice de danos, ao percentual de grãos infestados e ao teor de fragmentos de insetos. A massa específica aparente variou apenas de acordo com o período de armazenamento. Quanto ao teor de impurezas e matéria estranha, ao índice de danos, ao percentual de grãos infestados e à estimativa do número de insetos na massa de grãos, verificou-se variação no produto infestado com S. zeamais e associação de S. zeamais e T. castaneum. Pode-se concluir que a infestação do milho por S. zeamais e associação de S. zeamais e T. castaneum, durante o armazenamento, reduz a qualidade final do produto, por causa do aumento da incidência de grãos danificados, da presença de fragmentos de insetos e do índice de infestação, que são parâmetros qualitativos comercialmente adotados na cotação do produto nos diferentes mercados consumidores.