A prevalência da ansiedade entre estudantes universitários é uma preocupação crescente, que reflete os desafios do ambiente acadêmico e aponta a necessidade de compreender e abordar os fatores que contribuem para o aumento progressivo desta condição neste grupo populacional. Mapear as evidências disponíveis na literatura acerca da ansiedade em estudantes universitários no cenário brasileiro. Revisão de escopo desenvolvida conforme as recomendações do Instituto Joanna Briggs (JBI). Uma pesquisa abrangente foi realizada nos bancos e bases de dados MEDLINE/PubMed, Web of Science Core Collection/ Clarivate Analytics, Scopus, Cochrane Library, LILACS/BVS, INDEXPSI e PsyInfo. Foram incluídos estudos primários e secundários que abordavam a temática, independentemente do tipo de delineamento. Não houve limitação quanto ao ano de publicação e idioma dos artigos. Foram excluídos documentos do tipo cartas, comentários, editoriais e artigos de opinião de especialistas. A seleção dos estudos foi realizada por meio da leitura dos títulos, resumos e textos completos, conduzida por dois revisores independentes. Em seguida, procedeu-se à análise sobre a extensão, natureza e distribuição geral dos estudos incluídos. Foram analisados 12.663 estudos, dos quais restaram 7.503 após a exclusão de artigos duplicados e 126 foram incluídos após avaliação dos critérios de inclusão e exclusão. Predominaram estudos de baixa evidência, com a ansiedade frequentemente classificada como moderada (50,5%) ou elevada (14,6%). O Inventário de Ansiedade Traço-Estado foi o instrumento mais utilizado e 42,9% dos estudos abordaram a repercussão da ansiedade no desempenho acadêmico, destacando-se limitações metodológicas e lacunas na representatividade das amostras. A avaliação da ansiedade em estudantes universitários no Brasil apresenta prevalência preocupante, acentuada pela pandemia de COVID-19, a qual intensificou sintomas moderados a graves. O presente estudo contribui para o mapeamento da produção científica sobre o fenômeno de ansiedade neste grupo populacional, porém as limitações e lacunas indicam a necessidade de pesquisas mais rigorosas e abrangentes, com maior nível de evidência e que considerem aspectos metodológicos, implicações práticas e relevância clínica.