“…Nessa perspectiva, ainda que predomine um olhar mais generalizante sobre os(as) "ocupas", há análises que empreendem esforços para a compreensão desses sujeitos, seja como uma primeira geração de jovens e adolescentes de camadas populares que vivenciam, de maneira exclusiva, a condição estudantil (CORTI et al, 2016), seja como estudantes trabalhadores e trabalhadores do futuro (CATINI; MELLO, 2016). As importantes presença e atuação das meninas, tanto nas manifestações de rua como no interior das ocupações, evidenciadas pela imprensa de grande circulação, bem como pela mídia alternativa, também foram objeto de algumas produções, que destacaram a relevância do olhar a partir de uma perspectiva de gênero ou interseccional (CASTILHO; ROMANCINI, 2018;BARBOSA;BRUM, 2018;LEITE, 2017). Um olhar a partir dos meninos e da construção das masculinidades nesse contexto, no entanto, fica restrito à dimensão da divisão de tarefas no interior das unidades ocupadas.…”