Desejo exprimir os meus agradecimentos a todos aqueles que, de alguma forma, permitiram que esta dissertação se concretizasse. Em especial, agradeço: Ao Prof. Iberê L. Caldas, por me receber em seu grupo de pesquisa e por seu trabalho excepcional como orientador.À Profª Marisa Roberto, pelas contribuições ao trabalho e coorientação sempre presente.Aos colegas do grupo, pelas discussões, sugestões e tempo juntos.À CAPES e FAPESP (projeto temático nº 2018/03211-6) pelo auxílio financeiro.
"It is impossible to explain honestly the beauties of the laws of nature without some deep understanding of mathematics."(Richard P. Feynman)
ResumoPerturbações na borda de plasmas confinados magneticamente geram turbulência e alto transporte de partículas. Este transporte tem origem na deriva E × B causada por flutuações eletrostáticas e pode ser reduzido utilizando perfis específicos de campo elétrico, gerando barreiras de transporte no plasma. Entretanto, os mecanismos de formação dessas barreiras não são bem compreendidos. Nesta dissertação investigamos a influência do perfil de campo magnético do plasma sobre a formação e destruição de barreiras de transporte. Utilizamos um modelo Hamiltoniano que descreve a trajetória de partículas sujeitas à deriva E × B, devido aos campos de equilíbrio, e às flutuações eletrostáticas.Integrando numericamente as equações diferenciais deste modelo identificamos órbitas invariantes resistentes à perturbação, nomeadas Barreiras de Transporte sem Cisalhamento (BTSC). Analisamos como essas barreiras são formadas e destruídas variando o perfil do campo magnético. Utilizando um perfil não monotônico encontramos mais de uma BTSC. Aproximando as equações do modelo deduzimos um mapa com dinâmica similar às equações diferenciais. Concluímos que múltiplas BTSC são possíveis utilizando perfil não monotônico de campo magnético e, a partir do mapa, que elas têm origem em bifurcações decorrentes de sua não monotonicidade.