Os sistemas de grupos sanguíneos são caracterizados pela presença ou ausência de antígenos na membrana dos eritrócitos. Cada sistema sanguíneo constitui um grupo de antígenos semelhantes em suas características e dentre eles, os mais significativos são: ABO, Rh (Rhesus), Kidd, Kell, MNS e Duffy. Diversas estratégias alternativas têm sido utilizadas para minimizar ou evitar transfusões sanguíneas. Essas alternativas podem ser utilizadas com o intuito de reduzir os custos hospitalares, o tempo de internação, os riscos de reações adversas e transmissão de doenças, proporcionando ao paciente um tratamento mais seguro e com menos riscos. Este trabalho teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre os grupos sanguíneos, abrangendo sua importância acerca das transfusões sanguíneas, bem como alternativas de tratamento sem o uso do sangue. Diante das evidências relatadas na literatura, ainda que o sistema ABO seja o mais importante na prática transfusional, existem 39 sistemas de grupos sanguíneos descritos, os quais abrangem 360 antígenos eritrocitários. É necessário o envolvimento interativo permanente com os pacientes que irão se submeter à transfusão, sendo imprescindível a reflexão clínica sobre os riscos do seu uso. É essencial que a equipe multidisciplinar dos profissionais de saúde obtenha conhecimento sobre as principais opções de tratamento sem o uso do sangue. Além do uso de outras terapias alternativas como a ventilação hiperóxica e a recuperação sanguínea pós-operatória, é necessário que outras pesquisas sejam realizadas nesta área, trazendo importantes contribuições para o avanço da pesquisa, com a finalidade de minimizar custos para o sistema de saúde, reduzir a exposição do paciente a riscos e proporcionar opções de escolha para o melhor tratamento baseando-se em critérios da clínica individual de cada paciente, respeitando sua autonomia e visando principalmente, a redução da mortalidade.