A cárie dentária é uma doença ecológica de origem multifatorial que tem prevalecido durante séculos e continua gerando grande preocupação mundial, apesar de todo monitoramento e controle. A introdução de alimentos cariogênicos na infância, atrelados a hábitos de higiene bucal deficientes contribuem para o desenvolvimento da cárie implicando na qualidade de vida. Este estudo tem como objetivo avaliar a relação dos alimentos cariogênicos da merenda escolar e a experiência de cárie nas crianças atendidas em uma escola pública do Recife. Trata-se de uma pesquisa transversal e analítica com uma população composta por 179 crianças utilizando formulários de marcadores do índice ceo-d e CPO-D e do consumo alimentar. Resultados demostraram uma média de ingestão de carboidratos de 173,01g, sendo 135,34g (78,23%) para alimentos fornecidos pela escola e 37,67g (21,77%) para os alimentos trazidos de casa. Os valores médios do ceo-d e CPO-D quanto a faixa etária foram de 1,91 e 0,30 para as crianças de 4 a 7 anos, 2,0 e 0,44 para as crianças de 7 a 9 anos, 0,40 e 1,20 para as crianças de 10 a 11 anos. Observou-se com isso, que os índices ceo-d e CPO-D apresentam valores divergentes conforme faixa etária, ratificando a presença de fatores de risco como frequência do consumo de alimentos ricos em carboidratos, má higiene oral e presença de microbiota cariogênico. Uma dieta balanceada, aliada a hábitos adequados de higiene bucal e consultas periódicas ao dentista, torna-se necessário para prevenção da cárie precoce.