Introdução: Há uma pressão social intrínseca depositada sobre a vida das mulheres em relação à maternidade e, por isso, quando o período gestatório não termina como o esperado, ocorre um grande impacto no ambiente familiar e, principalmente, na relação mãe-bebê. Objetivos: elucidar as concepções referentes ao sentimento da maternidade diante da internação do neonato em terapia intensiva, procurando estabelecer desafios e aprendizados referentes ao âmbito. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo revisão narrativa da literatura. A pesquisa foi realizada através do acesso online nas bases de dados National Library of Medicine (PubMed MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (Scielo), Cochrane Database of Systematic Reviews (CDSR), Google Scholar, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e EBSCO Information Services. Resultados e discussão: A alta complexidade de procedimentos realizados na Unidade de Terapia Intensiva (UTIN) restringe os horários de visita e contato físico tão esperado pela gestante e, por isso, a internação de um recém-nascido (RN) na UTI neonatal demanda a reorganização de uma nova rotina para a família do neonato. Dessa forma, a dinâmica familiar é alterada e desperta diversos sentimentos na puérpera, como ansiedade devido a separação precoce, fracasso, insegurança, preocupação e diminuição ou até mesmo ausência de confiança na capacidade de cuidar do seu filho. Essa experiência vivenciada pela mãe pode desencadear o surgimento de quadros depressivos, transtornos de ansiedade, fadiga e distúrbios do sono afetando o vínculo familiar. Considerações finais: Com isso, nota-se que a hospitalização de um RN impacta as expectativas idealizadas diante do nascimento do filho. Dessa forma, a comunicação da equipe multidisciplinar do hospital com a família do bebê é de extrema importância para a construção de autonomia da família.