Esta pesquisa teve como objetivo averiguar a repercussão dos fluxos migratórios na saúde mental de crianças e adolescentes refugiados, como também verificar qual o impacto dessas alterações mentais na gênese da síndrome da resignação. Para isso, fez-se uso de uma revisão integrativa de literatura nas bases de dados eletrônicas: LILACS, SciELO, Frontiers e na revista FIDES-UFRN. Utilizaram-se os seguintes descritores: “Refugiados”, “Saúde Mental”, “Criança”, “Síndrome” e “Coma”. O operador booleano “AND” foi utilizado. Incluíram-se artigos disponíveis na íntegra; publicados entre 2016 e 2021; em português, inglês ou espanhol; cujos títulos e resumos estivessem em consonância com o propósito deste estudo. Excluíram-se teses, dissertações e resumos de anais. Posteriormente, foram realizadas a coleta, análise crítica e síntese dos dados. A síndrome da resignação configura-se como uma patologia ainda obscura e pouco detalhada, no tocante a sua etiologia e a fisiopatologia envolvidas. Infere-se também, que os estudos voltados a análise da saúde mental de crianças refugiadas ainda são escassos, porém os dados apontam para existência direta de sofrimento psíquico nessa faixa etária, o que relaciona-se ao surgimento da síndrome supracitada. Conclui-se, a partir dos dados levantados, que ocorre sofrimento psíquico nas crianças que vivenciam uma migração involuntária. As repercussões desse processo na saúde mental de crianças refugiadas, ilustradas pela síndrome da resignação, revelam a magnitude do sofrimento mental desencadeado por migrações extenuantes e demoradas, marcadas por violência e intolerância, que configuram um problema de saúde pública.