O artigo trata do acolhimento dos refugiados na União Europeia, e possui como principal objetivo analisar esse acolhimento, considerando a securitização da migração como um empecilho para a proteção dos refugiados. Para conduzir a discussão sobre a temática, busca-se examinar a discussão política sobre as migrações forçadas na União Europeia, tendo como foco os refugiados e utilizando-se do exemplo da Itália. Além disso, outros objetivos subjacentes ao principal intento desta investigação buscam apresentar a importância da integração institucional e humanitária dos refugiados no local de acolhimento e, por fim, identificar soluções a fim de melhorar o acolhimento dos refugiados nos países da União Europeia. Observa-se que os Estados se eximem da sua responsabilidade enquanto importantes atores para a proteção desses migrantes forçados. Portanto, é necessário refletir sobre as medidas que contribuam para uma maior cooperação dos Estados, em vez de reforçar a securitização da migração local.
Ensaio-teórico com o objetivo de compreender como os circuitos de afetos são postos em movimento por Máquinas Abstratas e Concretas, refletindo acerca do efeito deste processo mundial no campo do desejo, na formação dos corpos e na produção das identidades. E a partir de tal reflexão, tecer considerações sobre possíveis curtos-circuitos na maquinaria de captura dos desejos e controle dos corpos, abrindo os territórios para outras linhas afetivas que sejam balizadas não no poder, mas na potência, não em afetos passivos ou tristes, mas ativos e alegres, em especial, por sobre dois campos, na produção de Máquinas de Anti-Captura e conquista do devir na superfície de nossas peles enquanto produção de uma ética de si, com o objetivo de liberar as próprias máquinas desejantes que nos compõem, como também nas superfícies das estruturas burocráticas, imaginando como perverter os dispositivos concretos construídos para a captura, disciplina e controle, os utilizando para o seu inverso. Palavras-chave: Circuito dos Afetos; Máquinas Abstratas; Máquinas Concretas; Devir; Micropolítica.
O artigo discute os prováveis riscos às democracias no processo de formular e exprimir preferências políticas na contemporaneidade, em especial, o impacto que a mídia exerce nas relações sociais e políticas. A partir de um estudo de caso que segue o recorte temporal do processo eleitoral dos Estados Unidos de 2016, a pesquisa estrutura-se em sete seções, as duas primeiras discutem questões conceituais da consciência cívica, o terceiro o papel da mídia e os demais versam o estudo de caso.
Resumo: As mídias sociais têm sido cada vez mais utilizadas como fonte de informações políticas nas democracias atuais. Por esse motivo, com base na abordagem minimalista e procedimental da teoria democrática, alicerçada nas contribuições de Przeworski (1999), Schumpeter (1961 e Dahl (2005), este artigo desenvolve uma revisão bibliográfica que objetiva analisar o impacto político das mídias sociais no contexto das campanhas eleitorais e no governo de Donald Trump (2016 -2020) nos EUA. Com análise bibliográfica de notícias, artigos científicos e bases de dados, foi possível inferir o uso amplo, consciente, e estratégico, por Trump e sua equipe de governo, das mídias sociais, como instrumento de disseminação de informações de teor político, falsas e/ou alienantes, interferindo na capacidade de formulação de preferências políticas de forma livre, elemento empregado por Dahl como uma das condições necessárias para o alcance da democracia plena. O uso antidemocrático das mídias sociais para mobilizar sua base eleitoral durante o governo culminou, em 2021, na invasão do Capitólio, centro legislativo do país, motivada pelo próprio então presidente, o que representou uma histórica não aceitação da alternância de poderes e ataque à democracia estadunidense.
No cenário internacional, muitas vezes, o conceito de paz ficou condicionado à forma como os atores internacionais estavam lidando com os conflitos. Durante as guerras mundiais, o objetivo era manter a paz entre as potências. Nesse contexto, paz era sinônimo de segurança. Durante a Guerra Fria, em um contexto de diminuição dos conflitos entre Estados e aumento dos conflitos dentro dos Estados, o conceito de paz predominante era o da paz liberal. A paz liberal se concentra na reforma estrutural de Estados cujos fracassos criaram condições para o surgimento de conflitos. Para a literatura crítica, a paz liberal é um conceito estreito de paz, pois impõe a paz de “cima para baixo” e ignora elementos importantes como os relacionamentos. Tendo em vista essas discussões, o presente artigo tem como objetivo discutir o problema do estreitamento do conceito de paz dentro da abordagem de construção da paz liberal. Em primeiro lugar será debatido o que é “paz”. Em segundo lugar, será examinado o surgimento e a defesa do conceito de paz liberal no cenário internacional. E por fim, será abordada a perspectiva crítica que traz a discussão sobre a essência da construção da paz fundamentada nos relacionamentos.
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