2019
DOI: 10.11606/0103-2070.ts.2019.161327
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O arquipélago

Abstract: Este trabalho, tendo como base pesquisas etnográficas realizadas ao longo dos últimos quinze anos, explora as circulações e os confinamentos aos quais são submetidas determinadas populações da cidade, destacando conexões e ressonâncias entre espaços institucionais e determinadas zonas urbanas de São Paulo. Ao mobilizar fragmentos de linhas de vida, que atravessam instituições de acolhimento para crianças, prisões, unidades de internação para adolescentes, Centros de Atenção Psicossocial, manicômios judiciários… Show more

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“…Cada um desses equipamentos possui conformações espaço-temporais próprias que definem modos provisórios e específicos de morar na cidade, e que prescrevem onde ficar e por quanto tempo. Mallart (2019) pensa este conjunto diverso e disforme de espaços como um "arquipélago", um mapa que transborda, e que está sempre em mutação (p. 59). Pensar as casas de recuperação religiosas como parte deste arquipélago implica discutir os circuitos expulsivos que levam diferentes pessoas a esses espaços (Machado 2021).…”
Section: Casas De Recuperação Nas Tramas Urbanasunclassified
“…Cada um desses equipamentos possui conformações espaço-temporais próprias que definem modos provisórios e específicos de morar na cidade, e que prescrevem onde ficar e por quanto tempo. Mallart (2019) pensa este conjunto diverso e disforme de espaços como um "arquipélago", um mapa que transborda, e que está sempre em mutação (p. 59). Pensar as casas de recuperação religiosas como parte deste arquipélago implica discutir os circuitos expulsivos que levam diferentes pessoas a esses espaços (Machado 2021).…”
Section: Casas De Recuperação Nas Tramas Urbanasunclassified
“…Estas, segundo suas pesquisas, são em sua maioria consumidores de drogas apreendidos em operações policiais espetaculares; pessoas levadas presas para averiguação de antecedentes criminais; encarceradas por carregarem quantidades ínfimas de drogas para consumo próprio. "Criminalizadas por serem pobres, por estarem nas ruas, por serem sujas, por ofender a 'ordem pública', essas centenas de homens e mulheres têm o cárcere operando como horizonte inescapável, fazendo parte da caminhada, constituindo-se como uma etapa da vida que sempre retorna" (Mallart;Rui 2017:8).…”
Section: O Cárcere Como Horizonte Inescapável: Criminalização Circula...unclassified
“…Eu tomava banho todo dia, me alimentava, dormia, da última vez engordei quatro quilos". (Mallart;Rui 2017:8) A análise da vivência da rotina prisional no contexto da detenção provisória como reorganização básica da vida está longe de ser um elogio à estrutura carcerária. Os Centros de Detenção Provisória, discutidos por Mallart e Rui (2017), são aqui analisados contrastivamente com a radicalidade da vida na rua, marcada pelo consumo de drogas "num ritmo frenético, sem dormir e sem uma rotina de alimentação" (:8) e pela vida no cárcere que, "por suas próprias dinâmicas de funcionamentoracionamento de água, torturas, ausência de atividades de estudo e trabalho, etc.…”
Section: O Cárcere Como Horizonte Inescapável: Criminalização Circula...unclassified
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