Resumo Este trabalho objetiva compreender os conflitos e materializações constituintes das mortes de LGBT reivindicadas, pelo Movimento, como crimes de ódio. Para isso, vale-se do acompanhamento das atividades do Movimento LGBT na Paraíba, de entrevistas com seus militantes e da análise de documentos, inquéritos e autos de processos judiciais. A pesquisa parte de três tematizações centrais: a) a de que o recurso discursivo à brutalidade atua na compleição identitária do próprio Movimento, ao perfazer suas estratégias e pautas políticas; b) a de que as imagens de brutalidade acionadas pelo Movimento performatizam os corpos das vítimas e auxiliam no forjamento desses corpos como vitimados, em especial, pela homofobia; e c) a de que os conflitos entre o Movimento e setores do Estado manipulam as materialidades dos crimes e, consequentemente, as materialidades dos corpos.
Couro Imperial: raça, gênero e sexualidade no embate colonial é um livro que põe em xeque importantes termos do atual estado da arte dos debates feministas. Anne McClintock, sua autora, faz-se a um só tempo uma intelectual sofisticada e militante, travando embates teóricos e analíticos fulcrais em meio às sinuosidades das mais complexas relações de poder. De "As Minas do Rei Salomão", do escritor Henry Rider Haggard, à gravura de Theodore Galle sobre a chegada do homem branco nas terras virgens de uma América ferozmente feminizada; das propagandas racializadas de sabonete à vida e à obra da escritora feminista Olive Schreiner; dos fetichismos sexuais, dos travestismos de classe à poesia negra e contestatória de Soweto; Anne McClintock atravessa, sem pudores, diversos e espinhosos terrenos do imperialismo. Em suas análises, ela pronuncia palavras quase impronunciáveis. Contradição, dominação, hegemonia, mercadoria, ideologia, classe trabalhadora e patriarcado são expressões que permeiam o livro. O emprego de tais palavras encontra-se, de certo, associado às interlocuções teóricas empreendidas pela autora.Se o pós-estruturalismo e as vertentes compreensivas capitaneadas por
Resumo O artigo discute algumas das relações entre mães e processos de Estado, tendo em vista sobretudo os movimentos de mães e familiares de vítimas de violência institucional, as análises inaugurais a esse respeito nas ciências sociais brasileiras, as implicações dessas mães e familiares nas políticas de produção de conhecimento e na crise democrática que atravessamos. Na primeira parte do artigo, retomamos pesquisas fundamentais que constituíram o campo de estudos que pensa desde a perspectiva do envolvimento de mães em movimentos de reivindicação por direitos e justiça. A segunda parte do artigo propõe-se à apresentação de alguns dos desdobramentos, em nossas próprias pesquisas, desse envolvimento e da produção de um conhecimento compartilhado entre pesquisadoras e o que se denomina usualmente como “interlocutoras”. A última parte do artigo discute a posicionalidade dos movimentos de mães e familiares de vítimas de violência junto ao que se tem chamado de “crise democrática brasileira”. Com isso, buscamos oferecer uma contribuição para o campo de pesquisas que se voltam, já há algum tempo, à produção recíproca entre gênero e Estado.
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