Este artigo apresenta uma análise das produções acadêmicas da Sociologia da Infância sobre o protagonismo e as narrativas das crianças em tratamento de saúde no Brasil. A metodologia adotada foi uma revisão de literatura. Os principais autores(as) que fundamentaram a construção desse trabalho na área da Sociologia da Infância foram: Corsaro (2011), Sarmento (2004), (1997) e Delgado e Muller (2005). Na Pedagogia Hospitalar foram: Paula (2004), (2010); Paula e Gomes (2018); Montana e Brostolin (2020) e Justino e Kailer (2021). A pesquisa encontrou o total de 32 trabalhos, sendo 15 artigos, 15 dissertações e 2 teses, localizadas nas regiões Sul, Nordeste, Sudeste e Centro-oeste do Brasil. Os resultados indicaram que as pesquisas com crianças contribuíram para os estudos da infância, pois legitimam a importância da continuidade da escolarização por meio da classe hospitalar, favorecem a socialização das crianças com seus pares, fortalece o emocional, o social e o cognitivo. As pesquisas também apresentaram às crianças como atores e produtores de cultura, que narram, refletem, protagonizam e experenciam incertezas e ambiguidade de sentimentos.