O artigo tem como objetivo discutir possibilidades pedagógicas que reconheçam e valorizem a autonomia e autoria das crianças em tratamento oncológico com os jogos e as brincadeiras ofertadas por um projeto no campo da animação cultural. Para tanto, focaliza as atividades do projeto Brincar é o Melhor Remédio, desenvolvido por meio da parceria entre o Núcleo de Aprendizagens com as Infâncias e seus Fazeres (Naif), do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo e a Associação Capixaba Contra o Câncer Infantil (Acacci). Trata-se de uma pesquisa-ação colaborativa, que utiliza o diário de campo e registros fotográficos como fontes. Os sujeitos da pesquisa são 30 crianças, as duas professoras e o coordenador participantes do Projeto. As análises empreendidas, em diálogo com a Sociologia da Infância e com os Estudos do Cotidiano, indicam que a entrada reativa, combinada com processos pedagógicos centrados na interação e na mediação, favoreceram a autonomia e a autoria das crianças em suas relações com as brincadeiras e jogos ofertados pelo Projeto.
Analisa as relações que crianças em tratamento oncológico estabelecem com os jogos e as brincadeiras mediadas por um projeto de extensão universitária. Trata-se de um Estudo de Caso Etnográfico, cujo foco é o projeto Brincar é o Melhor Remédio, desenvolvido por meio de parceria entre a Associação Capixaba Contra o Câncer Infantil (ACACCI) e o Núcleo de Aprendizagens com as Infâncias e Seus Fazeres (NAIF), do Centro de Educação Física e Desportos da UFES. Pela categoria “com olhos de criança”, destacamos as experiências do projeto que promovem o brincar como direito das crianças, centrado em suas subjetividades e autorias. Propomos que a mediação com esse “olhar”supera o viés utilitarista, cujo foco principal é a adesão ao tratamento.
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