RESUMOO bullying é uma forma de violência praticada de modo recorrente por uma pessoa ou um grupo com a intencionalidade de prejudicar psicologicamente ou fisicamente o outro (ZYCH; TTOFI; FARRINGTON, 2019). O termo tem origem inglesa e significa ações ou comportamentos com a finalidade de agredir e intimidar o outro, na qual há uma relação desigual de poder, acarretando em exclusão social. Desse modo, o bullying tem como característica a perseguição e intimidação do indivíduo (MARCOLINO et al., 2018). Em específico, o bullying escolar pode ser considerado um fenômeno social que deve ser compreendido a partir do contexto em que a violência ocorre (CAMARGOS; REIS; CARVALHO, 2021). Embora o bullying ocorra com maior frequência dentro do ambiente escolar, ele não pode ser considerado como uma problemática apenas da escola, mas da sociedade em geral. Diversas consequências podem ser geradas a longo prazo por essa prática, entre elas danos psíquicos e interferência negativa no desenvolvimento cognitivo, emocional e socioeducacional dos envolvidos (SILVA, 2022). Este resumo tem como objetivo discutir brevemente sobre o fenômeno do bullying em crianças e adolescentes, destacando estatísticas, causas e consequências para o desenvolvimento infanto-juvenil. Trata-se de uma revisão bibliográfica de literatura, com recorte temporal dos últimos cinco anos (2018 a 2022). A busca ocorreu no mês de agosto de 2022 e as bases de dados selecionadas foram Scielo (Scientific Electronic Library Online) e o Google Acadêmico. Os resultados encontrados na literatura apontam que o bullying, atualmente, é um problema de saúde pública e está presente no cotidiano escolar, sendo que entre 2009 e 2016 houve um aumento de 40%, ou seja, um quarto dos estudantes em período escolar são vítimas desse tipo de violência. Neste sentido, o bullying pode acarretar prejuízos no rendimento escolar, como também gerar impactos na vida física e mental. Os efeitos do bullying não são apenas imediatos, mas também de longo prazo, visto a internalização desses comportamentos agressivos. Algumas das consequências decorrentes do bullying podem ser: ansiedade generalizada, ansiedade e social, depressão e estresse disfuncional (MONTEIRO, 2022). Há uma prevalência maior da prática de bullying em crianças menores (13 anos -14%) e meninos, do que em adolescentes mais velhos (15, 16, 17 anos -10%) e meninas. Desse modo, adolescentes que estão frequentando o ambiente escolar relataram a presença de bullying de forma mais acentuada nesse contexto. Já os adolescentes que estão inseridos em outros espaços, como trabalho, rua ou residência apontaram maior prevalência do bullying nesses ambientes. Logo, a ocorrência do bullying no ambiente escolar, pode gerar prejuízo no processo de ensino-aprendizagem, desmotivação e insegurança escolar. Com o intuito de prevenir o bullying criou-se em 2015 o Programa para Intimidação