Resumo: Os estudos sobre a geografia do comércio e consumo iniciam-se aos poucos na ciência geográfica a partir das décadas de 1950 e 1960. Observa-se tal fato, principalmente, nas pesquisas realizadas pela geografia francófona a partir das investigações de Sporck, na Bélgica, Delobez e Beaujeau-Garnier, na França. Como também, pela geografia anglo-saxônica com estudos de Brian J. Berry. Nesse sentido, este artigo evidência a geografia do comércio e consumo sob uma perspectiva da geografia humana através dos diversos pressupostos, como por exemplo: a nova geografia, geografia crítica, virada cultural e o pós-estruturalismo geográfico. O artigo tem um caráter teórico englobando grandes baluartes da geografia do comércio e consumo. Em alguns momentos, mesmo com as divisões epistemológicas realizadas, parte-se da ideia que existe um emaranhando de concepções que, de certo modo, organizou-se na tentativa de ter uma visão mais abrangente e globalizante da geografia do comércio e consumo na sociedade da cultura do consumo. Não constitui-se necessariamente um estudo do percurso histórico, entretanto, observar-se alguns recortes temporais considerados relevantes para o entendimento dos pressupostos teórico-metodológicos que envolvem esse campo geográfico. Por fim, o artigo em seu bojo exprime o desencontro das temporalidades, os contrapontos entre o tradicional e o (pós) moderno, as continuidades e as descontinuidades do espaço urbano e metropolitano.
Palavras-chave:Comércio; Consumo; Cultura; Geografia.
Abstract: Studies on the geography of trade and consumption are slowly beginning in geographic science