DOI: 10.11606/d.8.2018.tde-12112018-111116
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O constituinte-QU in situ no português brasileiro infantil

Abstract: Este trabalho tem como tema a aquisição do constituinte-QU in situ por crianças adquirindo o Português Brasileiro (doravante PB). Tal construção é encontrada em outras línguas também e, de modo análogo ao PB, é aparentemente opcional no Espanhol e no Francês. Realizando um paralelo entre os estudos de outras línguas e o PB, analisamos a frequência da construção na fala infantil no PB, comparada à fala adulta, e, principalmente, os contextos que favorecem sua produção, em oposição à contraparte movida. Para tan… Show more

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“…Apesar de vários hiatos registados na relação entre Moçambique e Brasil, entre 1975 a 2022, o momento de ascensão da Cooperação Sul-Sul entre ambos foi marcado pela governação de Luiz Inácio Lula da Silva (2003Silva ( -2010. Nessa época, o discurso oficial do Brasil ilustrava uma abertura para África e as acções evidenciavam uma aproximação sistematizada e aperfeiçoada.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Apesar de vários hiatos registados na relação entre Moçambique e Brasil, entre 1975 a 2022, o momento de ascensão da Cooperação Sul-Sul entre ambos foi marcado pela governação de Luiz Inácio Lula da Silva (2003Silva ( -2010. Nessa época, o discurso oficial do Brasil ilustrava uma abertura para África e as acções evidenciavam uma aproximação sistematizada e aperfeiçoada.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Chang (1997, p. 44) foi uma das primeiras autoras a vincular o QU-in situ a um contexto de "pressuposição forte", ou seja, nas línguas de movimento-QU opcional, a construção seria produzida nos contextos em que há uma pressuposição saliente que a licencie. Mais tarde, autores como Pires & Taylor (2007), Oushiro (2010Oushiro ( , 2011, DeRoma (2011) e Vieira (2018) exploram no PB esta mesma hipótese. Caso a proposta de Kato discutida na seção anterior esteja no caminho certo, o QU-in situ, diferente do movido, está associado à posição de foco, sendo assim o elemento focalizado da sentença e, portanto, a informação nova.…”
Section: Evidências Externasunclassified
“…As discussões levantadas por essas pesquisas englobam temas como o estatuto do movimento sofrido pelo elemento-QU (KATO, 2004(KATO, , 2013FIGUEIREDO SILVA;GROLLA, 2016;HORNSTEIN;NUNES;GROHMAN, 2005); o licenciamento pragmático das estratégias interrogativas (OUSHIRO, 2010(OUSHIRO, , 2011PIRES;TAYLOR, 2007;DEROMA, 2011) e a aquisição da estratégia com QU-in situ (GROLLA, 2000(GROLLA, , 2005(GROLLA, , 2009SIKANSI, 1999;VIEIRA, 2018), que tem chamado a atenção de pesquisadores da área por conta de seu desenvolvimento tardio pelas crianças falantes de PB e por sua baixa frequência nos dados infantis 2 . Embora a formação das perguntas em línguas de movimento-QU opcional, como o PB, seja hoje amplamente discutida com ênfase na interface entre sintaxe, semântica e pragmática e sua aquisição em línguas como francês e PB, as pesquisas na área de fonologia do QU-in situ são menos numerosas e concentram-se nas diferenças entre as estratégias interrogativas (KATO, 2004(KATO, , 2013FIGUEIREDO SILVA;GROLLA, 2016;BARILE;MAIA, 2008).…”
unclassified
“…Além disso, no francês, as crianças começam a produzir o QU-in situ logo nos primeiros estágios de aquisição e esta é a estrutura interrogativa preferida por elas -em média 81,6% (HAMANN, 2006, p. , 2007;DEROMA, 2010;VIEIRA, 2018). Nesse sentido, em um primeiro momento da aquisição, as crianças, na linha do que propõe Zuckerman (2001), podem não ser sensíveis a essas restrições discursivas e, diante da diferença entre as estratégias, optam pela opção mais neutra da língua e que pode ser produzida em todos os contextos, a saber, o QU-movido.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Ainda assim, os adultos empregaram a construção em aproximadamente o dobro de oportunidades. Os resultados deVieira (2018), então, sugerem que as crianças nessa faixa etária já possuem a estrutura em sua gramática, mas ainda a utilizam pouco em relação ao adulto,…”
unclassified