O babaçu é uma palmeira extrativista brasileira, suas potencialidades são inúmeras e um dos produtos que pode ser aproveitado a partir dele é o “extrato aquoso de amêndoa de babaçu”, também conhecido no Norte e Nordeste do Brasil como “leite de coco babaçu (LCB)”. Intolerância à lactose é um distúrbio do metabolismo, resultante da produção em baixa quantidade da enzima lactose, fazendo assim com que o organismo não consiga digerir a lactose em galactose e glucose. Em meio ao quadro de reações alérgicas os extratos vegetais surgem como opção em substituição ao leite de origem animal, visto ser uma bebida comercialmente nutritiva à base de plantas, apresentando ainda ausência de gorduras animais e altos teores de minerais. Com base na utilização tradicional do LCB na alimentação humana, planejou-se desenvolver e caracterizar o extrato vegetal aquoso à base de amêndoa de babaçu (Orbignya phalerata Martius). O LCB é produzido, após a obtenção do óleo (até 65% em peso da amêndoa), pela formação de suspensão da torta. Para caracterizar o material obtido, foram realizadas as seguintes análises: caracterização texturométricas (Firmeza, Consistência, Coesividade e Índice de viscosidade); composição centesimal (umidade, cinzas, proteínas, lipídios); físico-químicas (Sólidos Solúveis Totais (ºBrix), Acidez Titulável e Potencial hidrogeniônico - pH); difração de Raios-X; Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV); e Análise Térmica (Termogravimetria (TG) e Derivada (DTG)); as Análises Microbiológicas de Salmonella, Enterobacteriaceae, Bolores e Leveduras. O produto obtido apresenta textura desejável para um extrato vegetal, com teor de água de 85%, tendo um pH 6,38 e baixa acidez, com boa resistência térmica quando seco, e isento de microrganismos. Os resultados alcançados revelaram que o extrato apresenta condições sanitárias e composição centesimal características as quais favorecem o produto para consumo alimentício humano.