O ensino e a aprendizagem de cálculo diferencial e integral: características e interseções no centro-oeste brasileiro

Abstract

ResumoEste trabalho objetiva apresentar os índices de aprovação, reprovação e cancelamento da disciplina de Cálculo Diferencial e Integral em três instituições de ensino superior do Centro-Oeste brasileiro e, além disso, mapear ações desenvolvidas por essas universidades que visem dar subsídios aos estudantes para aprenderem os conteúdos ensinados na referida disciplina. Os dados foram coletados por meio de informações fornecidas pelas Pró-reitorias de Graduação e de entrevistas realizadas com os docentes. As reflexões levantadas se enquadram nas discussões realizadas a partir da Cultura Escolar de Viñao (2008). Observou-se que a cultura escolar, nas três universidades, é muito parecida e que elas desenvolvem ações, buscando qualificar a aprendizagem do Cálculo para, desse modo, diminuir a reprovação. Palavras-chave: Cálculo diferencial e integral. Universidades. Ensino. Aprendizagem. Cultura escolar. IntroduçãoMuito se comenta sobre as dificuldades de aprendizagem da disciplina Cálculo Diferencial e Integral (CDI) não só no Brasil, como pode ser verificado no trabalho de Wrobel, Zeferino e Carneiro (2013), mas também no exterior, como apontado por Rasmussen, Marrongelle e Borba (2014). Comentários vão desde os meios informais entre alunos, professores, pais e jornais 1 , até os meios mais acadêmicos, sendo tema de pesqui- É notória a importância dos conteúdos, principalmente de funções, derivadas e integrais como ferramentas matemáticas para a análise de fenô-menos físicos, biológicos, econômicos, administrativos, contábeis, matemáticos, químicos, computacionais, das engenharias e de outras ciências que visam não só um avanço tecnológico, mas, sobretudo, compreender, descobrir e aumentar o conhecimento humano que serve à condução da vida ou ao gerenciamento dos negócios.

Um Ensaio Sobre a Avaliação e o Ensino de Matemática na Atualidade Pandêmica

“…Por outro lado, existem softwares que podem auxiliar tanto o estudante quanto ao professor, dando um tom dinâmico, mais rápido e ativo ao processo de ensino e de aprendizagem, mas eles também podem gerar um certo conflito nas resoluções de provas ou testes, pois muitos deles resolvem equações, limites, derivadas, integrais, sistemas de equações, escalonamento matricial e outras situações-problema. um debate antigo se revitaliza nesse momento, segundo alguns docentes: as falhas da construção do conhecimento na educação básica são empurradas para a superior e, nesse contexto, a Matemática ocupa um lugar de destaque, pois ela é uma área da ciência cujas disciplinas, em geral, apresentam alto índice de reprovação (Alvarenga et al, 2016). Quando se trata de um aluno oriundo da escola pública a situação fica pior (Argôlo, 2017;Oliveira y Silva, 2018), porque muitos, apesar de todo esforço arregimentado, chegam à universidade apresentando uma fragilizada base de conhecimentos matemáticos.…”

Ordinary Differential Equations in a Mathematical Modeling Context

“…This research on the use of mathematical modeling as a teaching and learning strategy for Differential Equations (DE) in a Mathematics Teaching degree program, was motivated by research such as Dullius, Veit and Araujo (2013), Alvarenga, Dorr and Vieira (2016) and Rosa, Alvarenga and Santos (2018), which indicate that the approach adopted in teaching this subject focuses strictly on algebra and allows students to learn resolution methods without focusing on the behavior for the solution obtained, i.e., without performing a qualitative analysis of the problem that generates these equations, and with difficulties in perceiving the existing connection between the DE and the real modeled system and interpreting its terms.…”

O Cálculo Diferencial e Integral na Universidade de Brasília: estratégia metodológica em estudo

“…Estudos como os de Rasmussen, Marrongelle e Borba (2014) e Sousa (2015) têm discutido as dificuldades de aprendizagem, os índices de reprovação e evasão na disciplina de Cálculo Diferencial e Integral (CDI), no Brasil e no exterior. Outros estudos analisam, por exemplo, como as reprovações causam nos estudantes frustação e desmotivação, o que pode influenciar negativamente em seu desenvolvimento, tanto acadêmico, como emocional e social (NASSER, 2009;ALVARENGA;DÖRR;VIEIRA, 2016). Algumas pesquisas têm apresentado o custo econômico e social do fracasso do ensino e da aprendizagem de CDI para as instituições de ensino superior e para a sociedade, tendo em vista as demandas por novas turmas, a necessidade de contratar mais docentes e de ampliar os espaços físicos (ZUIN, 2001;LIRA, 2008).…”