O ESCARAVELHO Megasoma gyas (Herbst, 1775), ESPÉCIE AMEAÇADA DE EXTINÇÃO, NO PARQUE ESTADUAL CARLOS BOTELHO, SETE BARRAS − SP

Abstract

As espécies do gênero Megasoma são besouros naturalmente raros e pouco conhecidos. Megasoma gyas (Herbst, 1775), espécie restrita ao território brasileiro e considerada ameaçada de extinção, foi encontrada no Parque Estadual Carlos Botelho em maio de 2007. O presente trabalho revisa a distribuição da espécie no Estado de São Paulo, detalha a sua simpatria com outra espécie do gênero e discute aspectos comportamentais e ameaças à sua sobrevivência.

Registro de Megasoma typhon typhon (Olivier, 1789) (Coleoptera, Melolontidae Dynastinae) em perímetro urbano próximo ao Parque Natural Municipal da Taquara, Duque de Caxias – RJ

“…A espécie ocorre ao longo do bioma da Mata Atlântica dos estados da Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Sendo o registro mais meridional até então em São Paulo (Antunes et al 2007;Luzzi et al 2016). No entanto devido à grande e severa alteração e fragmentação da vegetação das regiões de distribuição dessas espécies, seus registros são cada vez mais escassos em seu hábitat e mais frequentes em espaços urbanizados (Machado et al 2008).…”

“…A área onde foi observado o aparecimento dos espécimes de M. typhon typhon está inserida no perímetro urbano, contudo bem próximo à região de Mata Atlântica que vem sendo cada vez mais fragmentada com a expansão das fronteiras urbanas e agrícolas. A iluminação artificial atrai adultos, de ambos os sexos, que estão em busca de parceiros sexuais, interferindo no seu comportamento natural e aumentando a mortalidade devido à exposição em ambientes urbanos onde podem ser atropelados e mortos por animais domésticos e humanos (Antunes et al 2007). Isso pode ser um fator de alerta ao aumento da migração de espécies, levando ao risco de vulnerabilidade e descontrole populacional.…”

“…Há registros de espécimes em diversas localidades urbanas ou de mata, contudo há poucas publicações com informações sobre, por exemplo, a sua importância ambiental na Mata Atlântica (Antunes et al 2007;Luzzi et al 2016). Os textos publicados descrevem as espécies do gênero e apresentam alguns registros e diferenciações entre estas (Ratcliffe & Morón, 2005;Prandi et al 2020), o que é pouco, considerando as características e informações que as espécies podem fornecer, evidenciando a necessidade de estudos mais específicos e detalhados.…”