O estigma atribuído pelos psiquiatras aos indivíduos com esquizofrenia

Loch, Alexandre Andrade; Hengartner, Michael Pascal; Guarniero, Francisco Bevilacqua; Lawson, Fábio Lorea; Wang, Yuan‐Pang; Gattaz, Wagner F.; Rössler, Wulf

doi:10.1590/s0101-60832011000500001

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“…We argue that an important factor to be put into perspective regarding this issue is the heterogeneity of the professional class, especially of psychiatrists [31]. Previous studies of the same class have demonstrated that, in general, psychiatrists hold stigmatizing beliefs about individuals with schizophrenia [32]. However, further investigation revealed distinct patterns of the psychiatrists’ stigma; not all of them showed negative beliefs, with nearly one quarter of the sample indicating innocuous opinions.…”

Section: Discussionmentioning

confidence: 99%

Stigma toward schizophrenia: do all psychiatrists behave the same? Latent profile analysis of a national sample of psychiatrists in Brazil

et al. 2013

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BackgroundAn important issue concerning the worldwide fight against stigma is the evaluation of psychiatrists’ beliefs and attitudes toward schizophrenia and mental illness in general. However, there is as yet no consensus on this matter in the literature, and results vary according to the stigma dimension assessed and to the cultural background of the sample. The aim of this investigation was to search for profiles of stigmatizing beliefs related to schizophrenia in a national sample of psychiatrists in Brazil.MethodsA sample of 1414 psychiatrists were recruited from among those attending the 2009 Brazilian Congress of Psychiatry. A questionnaire was applied in face-to-face interviews. The questionnaire addressed four stigma dimensions, all in reference to individuals with schizophrenia: stereotypes, restrictions, perceived prejudice and social distance. Stigma item scores were included in latent profile analyses; the resulting profiles were entered into multinomial logistic regression models with sociodemographics, in order to identify significant correlates.ResultsThree profiles were identified. The “no stigma” subjects (n = 337) characterized individuals with schizophrenia in a positive light, disagreed with restrictions, and displayed a low level of social distance. The “unobtrusive stigma” subjects (n = 471) were significantly younger and displayed the lowest level of social distance, although most of them agreed with involuntary admission and demonstrated a high level of perceived prejudice. The “great stigma” subjects (n = 606) negatively stereotyped individuals with schizophrenia, agreed with restrictions and scored the highest on the perceived prejudice and social distance dimensions. In comparison with the first two profiles, this last profile comprised a significantly larger number of individuals who were in frequent contact with a family member suffering from a psychiatric disorder, as well as comprising more individuals who had no such family member.ConclusionsOur study not only provides additional data related to an under-researched area but also reveals that psychiatrists are a heterogeneous group regarding stigma toward schizophrenia. The presence of different stigma profiles should be evaluated in further studies; this could enable anti-stigma initiatives to be specifically designed to effectively target the stigmatizing group.

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Section: Discussionmentioning

confidence: 99%

Stigma toward schizophrenia: do all psychiatrists behave the same? Latent profile analysis of a national sample of psychiatrists in Brazil

et al. 2013

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“…Os psiquiatras porque, quando chamados a dar seu parecer especializado -geralmente em meio à comoção provocada por um crime -des am jargões e classi cações técnicas sem a menor preocupação em explicar os conceitos envolvidos, como se ele e seu interlocutor compartilhassem saberes. Além disso, estudo recente demonstrou que psiquiatras brasileiros estigmatizam portadores de esquizofrenia, em especial no que se refere à atribuição de estereótipos, como o de periculosidade, ainda que o façam com menor intensidade que pro ssionais de países desenvolvidos 25,26 . Do lado dos jornalistas, há a tendência à generalização de casos isolados, mas cabe uma ressalva.…”

Section: Discussionunclassified

O estigma da esquizofrenia na mídia: um levantamento de notícias publicadas em veículos brasileiros de grande circulação

Guarniero¹,

Bellinghini²,

Gattaz³

2012

Rev. psiquiatr. clín.

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ResumoContexto: O estigma que pesa sobre as doenças psiquiátricas é o mais forte impedimento para que o paciente busque tratamento, mais até que a di culdade de acesso aos serviços de saúde. A esquizofrenia também é a doença mais usada hoje como metáfora na mídia, aparecendo rotineiramente associada a crimes e violência. Objetivos: Avaliação da presença do estigma estrutural na mídia brasileira por meio do levantamento de notícias em imprensa e internet que utilizam o termo "esquizofrenia" e correlatos ("esquizofrênico/a") sob três aspectos: (a) uso médico e cientí co; (b) atribuição do diagnóstico de esquizofrenia a suspeitos de crimes com pouco ou nenhum rigor médico ou cientí co; (c) uso metafórico. Métodos: O estudo foi realizado em três etapas: levantamento de notícias, classi cação dos itens encontrados e análise do contexto em que foram publicados. O levantamento foi realizado em dois períodos -2008 e 2011 -, sendo o primeiro restrito ao jornal Folha de S. Paulo e o segundo ampliado para os portais dos principais veículos impressos brasileiros. Resultados: Foram encontrados 229 textos, distribuídos da seguinte forma: 89 (39%) registros em ciência e saúde, com tendência à impessoalidade; 62 (27%) registros em crime e violência, em que o "diagnóstico" de esquizofrenia é feito por leigos e "corroborado" por uma arqueologia da vida do suspeito que arrola toda sorte de comportamentos fora de padrão; 78 (34%) de uso metafórico, sempre de caráter depreciativo. Conclusões: A maioria dos textos encontrados (a) não dá voz ao portador de esquizofrenia e a seu sofrimento, (b) banaliza a doença psiquiátrica ao empregá-la fora de contexto para caracterizar decisões políticas e econômicas contraditórias ou de caráter duvidoso e (c) reforça o estigma que pesa sobre o portador de esquizofrenia ao personalizá-lo apenas nos raros casos de violência em que se supõe seu diagnóstico. AbstractBackground: Schizophrenia is the most common illness used today as a metaphor in the media and routinely appears associated with crime and violence with no medical or scienti c rigor, reinforcing the stigma against this disorder. Objectives: Evaluation of the presence of structural stigma in the Brazilian media by means of a survey of printed news and the Internet using the term "schizophrenia" and its correlates under three aspects: (a) medical and scienti c uses, (b) assigning a diagnosis of schizophrenia to crime suspects with little or no medical or scienti c rigor, and (c) the metaphorical use. Methods: e study was conducted in three stages: search for publications, classi cation of items found and analysis of the context in which they were published. e survey was conducted in two periods: 2008 and 2011, the rst being restricted to the newspaper Folha de S. Paulo and the second extended to the homepage of the main Brazilian print media. Results: We found 229 texts, distributed as follows: 89 (39%) records as science and health, with a tendency to impersonality; 62 (27%) records as crime and violence, in which the "diagnosis" of schiz...

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“…É de relevância ainda pontuar que há preconceito e atitudes estereotipadas diante do doente mental que são frequentes na população em geral, entre médicos psiquiatras ou não, e entre estudantes de Medicina 12 . Alguns autores interpretam que a medida correta para reverter esta postura discriminatória seria a aplicação de intervenções educativas específicas, possibilitando maior contato dos alunos com pacientes psiquiátricos e seus familiares, e o conhecimento dos múltiplos recursos terapêuticos 12,13 .…”

Section: Introductionunclassified