Este artigo se refere à análise das interlocuções, através de correspondências, entre Raul Rodrigues Gomes e Fernando de Azevedo, ambos considerados expoentes na história da educação brasileira, principalmente por seu protagonismo no que se refere ao período da Escola Nova no Brasil. Como embasamento teórico-metodológico, optou-se pelo conceito de representação do historiador francês Roger Chartier (1991, 2002, 2011) e os estudos epistolares que compõem a obra de Bastos, Cunha e Mignot (2002). Este trabalho bibliográfico, portanto, nos permite inferir que as 23 cartas de autoria de Raul Gomes e Fernando de Azevedo trazem à tona as afinidades que os unia, bem como as memórias do período em que se pensava um projeto de transformação para a sociedade brasileira, incluindo a escola laica, gratuita e universal.