A doença COVID-19 provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2 (síndrome respiratória aguda grave Coronavírus-2) representa um desafio à saúde pública global. Evidências mostram que indivíduos que apresentam os componentes da síndrome metabólica tendem a ter um pior prognóstico. A síndrome metabólica é definida como conjunto de distúrbios metabólicos que incluem resistência à insulina, dislipidemia, obesidade central e hipertensão, os quais são fatores de risco para o desenvolvimento de várias doenças crônicas, entre elas o diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. O objetivo do presente estudo foi revisar integrativamente a literatura sobre o impacto da síndrome metabólica e seus componentes no desfecho dos indivíduos portadores de COVID-19. O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa de literatura. Foram selecionados artigos de 2020 e 2021 no Pubmed e Biblioteca Virtual em Saúde usando os descritores: “COVID-19”, “síndrome metabólica” e “adultos”. Os critérios de inclusão adotados foram: artigos primários realizados com adultos; disponíveis na íntegra; nos idiomas português, inglês e espanhol. Inicialmente foram selecionados 372 estudos, em seguida 101 artigos pela leitura dos títulos e após obteve-se 28 pelos resumos, dos quais, após a leitura na íntegra elegeram-se nove para compor a amostra. Por fim, realizou-se a interpretação dos resultados e redação do artigo. Os achados deste estudo concluíram que a associação da síndrome metabólica à COVID-19 acarretam em um pior desfecho clínico. A presença de fatores que compõem a síndrome metabólica esteve relacionada à maior probabilidade de ventilação mecânica, tratamento na unidade de terapia intensiva, falha respiratória, úlceras de pressão e maior risco de mortalidade. Por outro lado, apresentou-se que o HDL pode ser utilizado como marcador de risco para desfechos COVID-19 grave e a relação triglicerídeos/HDL-c como marcador de prognóstico de gravidade. Ademais, a possível multimorbidade presente em pacientes com síndrome metabólica descrita neste estudo corrobora a importância do controle de seus componentes através de ações educativas, metas e controles terapêuticos, por meio da equipe multidisciplinar, para proporcionar uma melhor qualidade de vida.