O imperativo gramatical nas capitais do Nordeste análise sociolinguística de dados do ALiB

Abstract

IntroduçãoDentre os muitos fenômenos variáveis que caracterizam o português brasileiro está a expressão do imperativo verbal, que pode ser realizado com a forma associada ao modo indicativo (Me dá um guaraná aí!, Não faz barulho!, Não faz zoada!, Vem tomar café comigo!) ou com a forma associada ao modo subjuntivo (Por favor, me dê um guaraná aí!, Não faça barulho!, Venha tomar café conosco!).Alguns estudos já documentaram e analisaram o uso variável do imperativo gramatical em diferentes localidades do

Testando o papel da referência temporal na forma do imperativo em Português Brasileiro

“…A percepção comum sobre essa variação diz que a forma do subjuntivo é usada por pessoas mais educadas, em registros mais formais ou quando há uma distância social grande entre os falantes. Além disso, é recorrente a ideia de que o subjuntivo é usado com maior frequência no Nordeste do Brasil (Oliveira 2015(Oliveira , 2017.…”

“…Os resultados gerais da pesquisa de Oliveira (2017) (Monteiro, 1994) que essa localidade apresenta uma alta preferência pelo pronome pessoal você, e a autora encontrou (Monteiro, 1994).…”

Evidências Sociolinguísticas Sobre Os Usos Do Imperativo No Interior Da Bahia

“…A expressão variável do imperativo no português caracteriza-se pela alternância entre formas morfologicamente associadas ao modo indicativo (canta/não canta) e ao modo subjuntivo (cante/não cante). No território brasileiro, tal variação configura uma linha dialetológica que opõe tendências de emprego do indicativo, presentes das regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste (SCHERRE et alii, 2007), ao padrão do subjuntivo, comumente associado à região Nordeste SCHERRE et alii, 2007;OLIVEIRA, 2017).…”

“…Embora muitas análises tenham sido empreendidas sobre o tema, de modo geral, os estudos associam a Bahia à prevalência das variantes do subjuntivo (cante) (SAMPAIO, 2001;ALVES, 2008;OLIVEIRA, 2017). A nossa investigação acerca do tema aponta um caráter sensivelmente diferenciado em relação às variedades populares rurais, para as quais dados empíricos revelam a predominância de um padrão indicativo (canta).…”

“…Quadro 3). Fonte: Santos (2016, p. 50) No recorte da variação no português brasileiro, a Bahia, tal qual a maior parte da região Nordeste, revela-se um espaço de prevalência de formas do subjuntivo (SAMPAIO, 2001;OLIVEIRA, 2017). No entanto, há indícios de emprego de formas indicativas em contextos rurais (SANTOS, 2006(SANTOS, , 2007ALVES, 2008).…”