Este artigo analisa o encontro entre duas grandes tradições internacionais de geografia em terreno brasileiro e que emergiram quando Pierre Monbeig e os geógrafos ligados ao Conselho Nacional de Geografia, sediado na capital brasileira, divergiram, em 1941, sobre os critérios de regionalização do Brasil. Sugerimos que o Brasil possa compor um capítulo no processo de consolidação de dois grandes paradigmas da ciência geográfica e que o “pays neuf” tenha contribuído a moldar, nos aspectos territorial, político e intelectual, a geografia dos atores imersos na experiência de consolidação da geografia brasileira.