Resumo No debate sobre masculinidades negras, entende-se que homens negros historicamente são reduzidos a imagens de controle, fundamentadas por imaginários a serviço da colonialidade e do dispositivo de racialidade. No entanto, há a emergência de práticas performáticas artísticas importantes na construção de estratégias de ressignificação, buscando questionar o regime racializado de representação e propondo novos modos de fabular o corpo e as subjetividades do homem negro. Este trabalho analisa como as performances dos artistas contemporâneos Antonio Obá e Tiago Sant’Ana buscam estratégias contranarrativas de contestação dos artefatos simbólicos representacionais. Suas obras apresentam o corpo negro masculino inscrito enquanto tática fabulatória de resistência em raça e gênero.