Este estudo caracterizou pacientes adultos que tiveram solicitação de psicodiagnóstico enquanto estavam internados em leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) em uma unidade psiquiátrica de um hospital geral universitário de Porto Alegre no ano de 2017. Com o intuito de subsidiar o planejamento deste serviço, assim como a discussão com as equipes assistenciais a respeito das indicações para a solicitação, buscou-se conhecer as características tanto dos pacientes beneficiados por este exame como de suas internações. Traçou-se o perfil demográfico, identificou-se as especificidades das internações quanto ao motivo, tempo de permanência e diagnóstico psiquiátrico, e observou-se as características da própria avaliação psicológica.Método: Estudo exploratório, quantitativo e transversal, em que os dados foram resgatados dos prontuários de forma retrospectiva. A análise dos dados foi feita de forma descritiva e inferencial, com auxilio do SPSS versão 16.0.Resultados: Dos 247 pacientes internados, 17,8% tiveram solicitação de psicodiagnóstico, sendo que 93,2% (41) tiveram o processo concluído. A demanda principal foi para pacientes adultos jovens, possivelmente em primeira internação psiquiátrica e em processo de avaliação diagnóstica, um dos possíveis objetivos de uma internação psiquiátrica.
Conclusão:O psicodiagnóstico auxilia no entendimento dinâmico do paciente; entretanto, este é um recurso técnico que precisa ser usado de forma estratégica durante a internação psiquiátrica por conta dos fatores que podem envolver desde o funcionamento da própria unidade até o estado mental e emocional do indivíduo em momento de crise.