“…Destaca-se que este procedimento foi testado e obteve bons resultados em contextos de conflitos socioambientais (Fazito et al, 2016;Marques et al, 2021). Argumenta-se aqui que ele pode ser importante para analisar o desenvolvimento do turismo pós crise sanitária e pandemia da COVID-19, em que um novo turismo emerge como possível, mais saudável e mais capaz de promover desenvolvimento humano (Fazito et al, 2017), de gerar de vivências de novas experiências, encontros com o diverso e ampliação da humanidade, de fomentar o foco na produção de riqueza coletiva em vez de individual, a valorização do espaço e da natureza, sensações de pertencimento e educação ambiental e patrimonial. Entretanto, esta oportunidade única de reconfigurar o turismo em nível global tem mais chance de ter o seu processo manipulado em direção a uma retomada do turismo exatamente como era, produtor de desigualdades, segregação e superficialidades, sem tentar resolver esses problemas, apenas para manutenção dos interesses de grandes grupos empresariais e consequentemente, de um status quo que cada vez mais nos leva para longe da civilização.…”