Este artigo visa apreender ataques ao politicamente correto, em particular, a negação de conflitos identitários. A partir do contexto eleitoral brasileiro de 2018, exploramos as batalhas atreladas a tal regulação discursiva, que possui efeitos variados na esfera pública. Para tanto, comentários (N=2.614) nas páginas de Facebook de Bolsonaro (ex-PSL) e Haddad (PT) são investigados mediante análise de conteúdo. Os principais achados indicam que os apoiadores de Bolsonaro, ao atacar o politicamente correto, em sua maioria, também negam as diferenças entre grupos identitários, enquanto os defensores de Haddad reconhecem essas diferenças. O primeiro tipo é, portanto, tóxico ao pluralismo social.