Alguns apontamentos bibliográficos sobre a língua guató (Macro-Jê)
INTRODUÇÃOEste artigo fornece alguns apontamentos sobre os materiais linguísticos que foram encontrados por meio de pesquisa bibliográfica sobre a língua guató. Trata-se de fontes bibliográficas, com breves comentários sobre os dados, no que se refere à transcrição dos segmentos, sílaba e diacríticos, que são importantes para o conhecimento dessa língua.Os Guató vivem na aldeia Uberaba, na Ilha Ínsua, no alto Pantanal, município de Corumbá-MS. Segundo o Instituto Socioambiental (ISA) a população que reside na aldeia é de, aproximadamente, 370 indivíduos. Praticamente, todos eles são falantes monolíngues em Português. Apenas três anciãos são bilíngues em Guató e Português.A língua guató está classificada como pertencente à família guató, no tronco linguístico Macro-Jê. A filiação genética dessa língua tem sido abordada, principalmente, nos trabalhos de Aryon Rodrigues (1983, 1986, 1999).
APONTAMENTOS BIBLIOGRÁFICOSOs materiais linguísticos disponíveis sobre a língua guató consistem, basicamente, de um estudo preliminar realizado por Schmidt (1905, 1942) e de três listas de palavras e frases registradas, respectivamente, por Castelnau (1851), Rondon (1938) e Wilson (1959. Os trabalhos mais atuais correspondem à tese de doutorado sobre a gramática, realizada por Palácio (1984), ao Pequeno dicionário da língua guató (2002) e à dissertação de mestrado sobre a fonologia, de autoria de Postigo (2009). A seguir, apresentamos uma breve descrição de cada uma das fontes mencionadas.Recebido 18/04/2010 Aceito 30/5/2010.