2021
DOI: 10.35499/tl.v15i2.11403
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O Princípio da Coesão Estrutural na variação da concordância nominal de número em predicativos do sujeito e estruturas passivas do português rural fluminense

Abstract: Este trabalho analisou a variação da concordância nominal de número em predicativos do sujeito e estruturas passivas no vernáculo rural de Nova Friburgo-RJ, com base nos pressupostos da Sociolinguística Variacionista. Os dados foram recolhidos em 35 entrevistas realizadas com 16 homens e 19 mulheres; 14, entre 35 e 55 anos; e 21, entre 14 e 19 anos. A quantificação foi realizada com o auxílio do programa Goldvarb. Os condicionamentos estruturais da variação, nesta comunidade de fala, estão ligados ao Princípio… Show more

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“…Esse processo afetou significativamente os mecanismos morfológicos de concordância verbal e nominal da língua adquiridos e compartilhadosde modo defectivo, uma vez que foram violentamente impostospor povos originários e africanos escravizados. Para muitos autores (LOPES, 2015;BRANDÃO, 2011;LUCCHESI, 2015, entre outros), é aí que repousa a maior carga de estigmatização e de preconceito (sócio)linguístico no país, pois o não emprego das regras de concordância está 2 Os resultados da análise de variáveis linguísticas já foram sistematizados em trabalho anterior (DÁLIA, 2021a). Em síntese, concluiu-se que o Princípio da Coesão Estrutural condiciona os processos de concordância na comunidade, pois: numa sentença, quando sintagmas nominais sujeitos e verbos apresentaram concordância, o mesmo ocorreu em 76% dos predicativos/passivas; a não pluralização em sujeitos e verbos fez a marcação zero ser categórica em predicativos/passivas; as marcas de número em predicativos /passivas aumentaram com a utilização de sujeitos pronominais ou ocultos, como estratégia de transparência semântica; o emprego do quantificador "tudo" bloqueou a coesão e fez a marcação de plural em predicativos/passivas cair a 7%; quando não houve concordância de gênero entre sujeito e predicativos/passivas, a pluralização destes não chegou a 11%.…”
Section: Introductionunclassified
“…Esse processo afetou significativamente os mecanismos morfológicos de concordância verbal e nominal da língua adquiridos e compartilhadosde modo defectivo, uma vez que foram violentamente impostospor povos originários e africanos escravizados. Para muitos autores (LOPES, 2015;BRANDÃO, 2011;LUCCHESI, 2015, entre outros), é aí que repousa a maior carga de estigmatização e de preconceito (sócio)linguístico no país, pois o não emprego das regras de concordância está 2 Os resultados da análise de variáveis linguísticas já foram sistematizados em trabalho anterior (DÁLIA, 2021a). Em síntese, concluiu-se que o Princípio da Coesão Estrutural condiciona os processos de concordância na comunidade, pois: numa sentença, quando sintagmas nominais sujeitos e verbos apresentaram concordância, o mesmo ocorreu em 76% dos predicativos/passivas; a não pluralização em sujeitos e verbos fez a marcação zero ser categórica em predicativos/passivas; as marcas de número em predicativos /passivas aumentaram com a utilização de sujeitos pronominais ou ocultos, como estratégia de transparência semântica; o emprego do quantificador "tudo" bloqueou a coesão e fez a marcação de plural em predicativos/passivas cair a 7%; quando não houve concordância de gênero entre sujeito e predicativos/passivas, a pluralização destes não chegou a 11%.…”
Section: Introductionunclassified