O presente artigo buscou compreender as especificidades e potencialidades da Educação Popular em Saúde (EPS) como orientadora de ações no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS) diante da pandemia da Covid-19 no Brasil. Metodologicamente, esta pesquisa tem caráter exploratório, com abordagem qualitativa dos dados. Foram realizadas, no mês de julho de 2020, entrevistas semiestruturadas com cinco atores sociais integrantes de coletivos nacionais de EPS. Os resultados indicam que têm ocorrido o fortalecimento do trabalho coletivo e a constituição de novas articulações, assim como a EPS se evidencia como prática potente na criação de vínculo com e no território; ademais, as tecnologias da informação e comunicação têm sido consideradas como importantes aliadas. Conclui-se que a EPS continua sendo efetiva no âmbito da APS, tendo o diálogo horizontalizado e a problematização da realidade como pressupostos estruturantes de seu quefazer.