O artigo apresenta uma análise das causas pelas quais a democracia liberal – instituída no Brasil após vinte anos de ditadura militar – vem sendo desconstruída desde a concretização do Golpe jurídico-midiático-parlamentar de 2016. Fundamentado no materialismo histórico e dialético e na pedagogia histórico-crítica, traz uma caracterização da dinâmica democrática, das formas de fazer política pós-Golpe de 2016 e dos modelos de Estado e democracia na realidade brasileira. Também ressalta o protagonismo que a educação exerce nos processos de formação de cidadãos críticos e compromissados com a mudança social. O artigo conclui que, historicamente, a cultura democrática sempre foi mal assimilada pelas classes dominantes no Brasil. Nesse contexto, a educação precisa ser concebida, definitivamente, como uma modalidade primordial da prática social global para a garantia da posse do saber objetivo produzido historicamente pela sociedade. Quando trabalhada sob perspectivas críticas, a educação torna-se ainda mais essencial para a formação de mulheres e homens críticos, criativos e comprometidos com princípios e valores solidários, inclusivos e democráticos.