Vó Benedita e seu dirigente Pai Joãozinho, Terreiro da Mãe Cambinda e sua dirigente Mãe Alessandra e Terreiro Ilê Àse Omo Osè Ibá L"atan, do Pai Toninho de Óxum; Agradeço à Mãe Corajacy, à Mãe Dango Hongolo e à Comendadora Ekedi Edna Lourenço, pela luta incansável contra o racismo religioso; Agradeço ao grupo de Pesquisa DIS e a todos os seus membros que sempre foram grandes incentivadores; Agradeço ao Coletivo Negro com Práticas Pedagógicas em Africanidades (CONEPPA), grupo de onde vieram as primeiras ideias para o mestrado; Agradeço imensamente aos Conselheiros Tutelares que desde 2012 estão comigo, me ajudando e me apoiando nessa jornada dupla de conselheiro e pós graduando; Agradeço a minha família carnal: minha mãe Zezé, meus irmãos Ricardinho e Salete, meu pai Airton e meus filhos, João Pedro, João Paulo e Arthur, meus grandes incentivadores; Agradeço ao MNU-Campinas, à Nova Frente Negra Brasileira, e a todas as pessoas que estiveram próximas e ajudaram no processo Agradeço à Profa. Dra. Carol Jango e à Profa. Dra, Anselma Sales, pelas leituras e sugestões que muito enriqueceram minha pesquisa.O agradecimento especial é para minha orientadora Profa. Dra. Ângela Soligo, grande interlocutora e parceira, que muito contribuiu para meu aperfeiçoamento acadêmico e pessoal.
RESUMOEste trabalho teve como objetivo analisar as representações sociais das religiões de matriz africana presentes nos Projetos Político-Pedagógicos das escolas de educação infantil, denominadas Naves Mães, do Município de Campinas/SP. Partindo de estudos anteriores, que já constataram a omissão das instituições educacionais em relação à Lei 10.639/03, omissão essa configurada como racismo institucional, este estudo se propôs a, inicialmente, abordar as diversas concepções de racismo para em seguida estabelecer a confluência entre racismo institucional e formulação de políticas públicas, sobretudo as quais o presente trabalho destacou, que são as relativas às políticas educacionais para correção e superação das distorções históricas oriundas do processo de escravização de negras e negros africanos e brasileiros, no âmbito da educação infantil de caráter público-privado. Desse modo, por meio da análise dos Projetos Político-Pedagógicos (PPPs) das Naves Mães do Município de Campinas, constatou-se a materialidade institucional do racismo religioso contra as religiões de matriz africana, expressa na distorção e apagamento das africanidades no discurso e nas das práticas pedagógicas propostas pelos referidos documentos, bem como na assunção acrítica dos padrões da branquitude como parâmetro da educação proposta nos PPPs.