O artigo tem como objetivo apresentar um resumo do estudo de caso do Projeto Ruas de Histórias Negras, que buscou evidenciar, através do levantamento de alguns monumentos, praças e ruas que receberam nomes de personagens negros, a presença da matriz africana na cidade. Campinas, como a maioria das vilas consolidadas durante a colônia com grande número de escravizados, acabou por desenvolver estratégias para a manutenção da ordem contra revoltas e fugas de escravizados, que influenciaram e acarretaram um processo permanente de apagamento da percepção dessa presença da matriz africana no espaço urbano. Nos últimos anos tornou-se mais acirrado o processo de reterritorialização desse espaço com novas iniciativas, ações e a participação de coletivos ligados a essa matriz.
O presente artigo discute o estudo de transformações territoriais em escala metropolitana onde conexões especialmente aeroportuárias irão implicar em mudanças socioeconômicas e nas relações espaciais e urbanas. Buscar-se-á nesta discussão verificar se a emergente proposta de criação de uma Aerotrópolis em Viracopos será capaz de se desenvolver sob as diretrizes do Plano Estratégico do Governo de São Paulo, voltado para a implantação de uma infraestrutura física, eixos de conectividade territorial e desenvolvimento econômico, enfrentar os desafios da ausência de governança, a realidade econômica do país e o descompasso entre a demanda e infraestrutura. Estão sendo considerados aspectos dos desafios hoje presentes na constituição dessa Aerotrópolis como: a desapropriação que garantirá juridicamente a ampliação do sitio aeroportuário e a relocação da população do entorno instalada em situação de vulnerabilidade com insuficiência de infraestrutura local e alta fragilidade ambiental. Como resultados finais pretende-se esclarecer que, para a efetiva interação entre a gestão do aeroporto, agentes econômicos, órgãos governamentais e a participação dos moradores e agricultores da região na consolidação da Aerotrópolis Viracopos e a Macrometrópole Paulista será necessário que esse processo resulte na configuração de um território urbano-regional-inclusivo baseado numa gestão participativa e colaborativa.
Este artigo enfoca a inserção do Aglomerado Urbano de Jundiaí (AUJ) no ambiente metropolitano paulista, objetivando fornecer elementos para a compreensão da mobilidade intrametropolitana já que essa "aglomeração urbana instersticial" (Emplasa, 2011) se localiza entre as Regiões Metropolitanas de São Paulo e Campinas com as quais mantém fortes conexões. Pretende ampliar o conhecimento dessa organização regional recém criada, utilizando dados demográficos e indicadores socioeconômicos. Analisa a mobilidade como um fator estrutural da forma urbana do AUJ a partir das relações de interdependência das cidades que o compõem, do estudo dos vetores de expansão intrametropolitana do AUJ, da dispersão urbana ao longo das rodovias e da ampliação da segregação socioespacial que acompanha a redistribuição da população no contexto regional.
Wilson ribeiro dos Santos Jr. Professor doutor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo CEATEC PUC-Campinas, com mestrado em Urbanismo (Posurb) pela mesma instituição.
This article discusses the experience of social movements that were willing to re-democratize the political system in Brazil in the 80s and the transformations that have to date of the adoption of the Constitution of 88, the City Statute, which regulates urban policy and brought innovations such as the management collective / democratic management of cities, rising to the current debate, the question of popular participation.
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