“…Nesse sentido, uma das lacunas que poderia estar dificultando a consolidação desta área na formação, apesar da inserção de disciplinas vinculadas, seria exatamente esse aspecto, considerando que a ausência de uma tradição histórica consistente dos psicólogos nesse cenário, poderia fragilizar a tarefa docente, levando em conta que não haveria uma base de sustentação teórica e prática, podendo culminar numa certa inconsistência na apresentação do fazer da Psicologia no campo das políticas públicas, com professores que se sentem despreparados para o desafio de ministrar disciplinas nessas temáticas. Assim, ao tecer essa crítica, estaríamos reconhecendo que estamos abordando uma prática que demandou mudanças bastante significativas no fazer do psicólogo e que exige abertura e flexibilidade, para o trabalho multiprofissional, interdisciplinar, intersetorial, atuação em equipe, compartilhamento e discussão de casos, tomada de decisões, utilização de prontuários coletivos, ou seja, são vários aspectos que se redesenham e colocam em xeque nosso fazer mais tradicional (Rocha et al, 2016;Rosa & Silva-Roosli, 2019;Rodrigues et al, 2017). Retornando os depoimentos dos participantes, identificamos que estes mencionam a importância de os professores conhecerem o funcionamento dos serviços de saúde, seus desafios e suas potencialidades, pois entendem que esse fato torna o ensino mais próximo do que é vivenciado pelos profissionais no cotidiano de trabalho: .…”