O Resgate Do Poder Social Da Matemática a Partir Da Educação Matemática Crítica: Uma Possibilidade Na Formação Para a Cidadania

Abstract

A formação para a cidadania está no foco das discussões nos mais diversos setores da sociedade, inclusive no campo educacional. Essa preocupação aparece claramente nos momentos em que surgem debates sobre o modo como a educação, e particularmente a Educação Matemática, deve ser organizada, as intenções do que se ensina e que tipo de sujeitos se pretende formar, principalmente ao se desejar o rompimento com as reproduções sociais fortemente caracterizadas pelas desigualdades, opressões e desrespeito às diversidades. Com o objetivo de contribuir com o debate sobre a qualidade da Educação Matemática, este trabalho se compromete em estabelecer uma reflexão acerca do papel da Educação Matemática numaformação para a cidadania frente aos desafios de consolidação de um ideário igualitário. Para tanto, primeiramente é apresentada uma discussão sobre os diferentes conceitos de cidadania, sobre a questão de igualdade e equidade na educação e suas consequentes relações com a Educação Matemática. Finalmente, são sistematizados, por meio da Educação Matemática Crítica como alternativa teórica e prática, as possibilidades de formação de espaços de aprendizagem capazes de promover ensino a formação de sujeitos capazes de promover transformação.

Articulações entre a pesquisa em Educação Matemática no Brasil e as dimensões da Educação em Direitos Humanos: um ensaio de possibilidades

“…Porém, devemos ter cuidado, pois as palavras cidadão e cidadania podem conter diferentes significados dependendo do contexto e da intenção implicada a estas. Carrijo (2014) a sociedade entende por cidadania, a educação pode desempenhar diferentes papéis para a sua promoção. Nesse sentido, ela destaca dois possíveis entendimentos da cidadania no contexto do ensino de matemática.…”

“…(Marques;Costa, 2015, p. 151) Assim, percebemos que os autores sugerem que os alunos estariam cientes acerca dos seus direitos individuais. Ademais, Carrijo (2014) aponta que esse ensino de matemática está para além de algo que se adapta a prioridades econômicas estando também engajado no processo político e democrático. Compreendemos que esse processo ocorre por meio do respeito simultâneo de todos os direitos, individuais e coletivos, evitando assim uma postura individualista em relação aos direitos humanos.…”