2016
DOI: 10.21530/ci.v11n3.2016.489
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O Sudeste Asiático entre Estados Unidos e China: “arquipélago de economias de mercado” ou palco da competição interestatal capitalista?

Abstract: ResumoEste artigo examina a projeção da China sobre o Sudeste (SE) Asiático a partir de três ciclos recentes: 1990-1997, 1997-2008, e de 2008 até hoje. Tem-se como hipótese que o SE Asiático tem se tornado um palco de grande relevância no jogo de poder e riqueza entre EUA e China desde 2008, e se afastado do cenário proposto por Giovanni Arrighi e Beverly Silver de formação de um "arquipélago de economias de mercado", no qual as disputas por poder estariam subordinadas a ganhos coletivos por meio da interdepen… Show more

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“…Comparativamente, a atuação da China no Sul da Ásia apresenta algumas diferenças quanto ao Sudeste do continente. Com exceção dos pleitos de soberania no Mar do Sul, onde a estratégia chinesa tem claros contornos imperiais, a literatura aponta para um mix de posturas hegemônicas suaves e momentos de liderança (SILVA, 2017;NOGUEIRA;HENDLER, 2016). Por exemplo, no desenrolar da crise asiática do fim dos anos 1990, atitudes como o auxílio financeiro sem maiores contrapartidas e a participação ativa na Iniciativa Chiang Mai indicam para uma postura de líder.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Comparativamente, a atuação da China no Sul da Ásia apresenta algumas diferenças quanto ao Sudeste do continente. Com exceção dos pleitos de soberania no Mar do Sul, onde a estratégia chinesa tem claros contornos imperiais, a literatura aponta para um mix de posturas hegemônicas suaves e momentos de liderança (SILVA, 2017;NOGUEIRA;HENDLER, 2016). Por exemplo, no desenrolar da crise asiática do fim dos anos 1990, atitudes como o auxílio financeiro sem maiores contrapartidas e a participação ativa na Iniciativa Chiang Mai indicam para uma postura de líder.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Como argumentam Brooks e Wohlforth (2016), os EUA continuam sendo a principal potência do sistema internacional, apesar dos problemas econômicos que vivenciaram com a crise de 2008 e em face a ascensão da China como grande potência. Dessa maneira, nas palavras dos autores, "a ascensão da China ao potencial emergente do nível de superpotência não altera essa realidade estrutural" e, portanto, o sistema internacional continua, mesmo com transformações no poder relativo e o crescimento chinês, unipolar (BROOKS;WOHLFORTH, 2016, tradução nossa).Todavia, afirmar sobre a continuidade da unipolaridade ainda durante a administração Obama não significa dizer que deixaram de ocorrer transformações na balança de poder entre os países, sobretudo quando consideramos o nível regional, a continuidade dos investimentos chineses na modernização de suas forças militares 4 e seu crescimento econômico internacionalmente -por meio da ampliação de parcerias com países do Sul Global, dos investimentos em inovação, da criação de instituições financeiras e de seus projetos infraestruturais como a BRI(ZHAO, 20 15;NOGUEIRA;HENDLER, 2016).No que tange às variáveis intervenientes (variáveis domésticas) deve-se considerar (i) as percepções de ameaça e oportunidades por parte das lideranças e das elites e (ii) a percepção por parte das lideranças e das elites em relação à capacidade de extração de recursos (a potência do estado em relação à sociedade). Em relação ao primeiro ponto, (i) como mencionado, o contexto tóxico do Oriente Médio e a ascensão de Barack Obama redirecionaram os interesses dos EUA para a Ásia devido ao dinamismo econômico da região e a própria ascensão da China.…”
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