“…Revelou-se que estar perante a morte motiva a veneração da vida, remetendo às crenças pessoais e ao que se busca como sentidos para o viver, 15 pois perante uma doença grave e as repercussões psicossociais por esta gerada, a espiritualidade demarca o papel e a importância, já que a dimensão espiritual se torna enaltecida e assume relevo nas situações de estresse emocional, doença física, na proximidade da morte, enfim, perante as adversidades da vida, como seja a pessoa com dor oncológica. 18 A espiritualidade é relatada como ferramenta relevante, capaz de reduzir a dor física causada pelo câncer, 19 já que ativa os neurotransmissores, desencadeia sensação de bem-estar, melhora o sistema imunitário, diminui o estresse e a ansiedade. 20 Distinguiu-se que diante da angústia de encarar a morte como um fim em si mesmo, alguns doentes se concentram em reflexões pautadas em crenças religiosas acerca da pós-morte, focando na possibilidade da continuidade do existir, 15 sendo a religião professada maioritariamente como fonte de apoio espiritual e social, 10 e utilizada como ferramenta de enfrentamento na maioria das pessoas com câncer que, além de lidarem com a doença, têm como agravante a dor relacionada à neoplasia.…”