O uso de plantas para fins terapêuticos é uma prática tradicional muito difundida na população rural, representando uma alternativa de tratamento e/ou prevenção de doenças. O presente estudo teve como objetivo avaliar o cultivo e uso de plantas medicinais por moradores da comunidade Bujari, Cuité, Paraíba. Trata-se de um estudo transversal, quali-quantitativo e descritivo, que empregou a metodologia “Bola de Neve” para seleção da amostra e um questionário estruturado para identificação do perfil socioepidemiológico, informações de uso/cultivo das plantas e interações com medicamentos convencionais. A amostra foi composta por 17 moradores, a maioria mulheres, de 61 a 80 anos, agricultoras e aposentadas, com renda de 1-3 salários mínimos e baixa escolaridade. As principais enfermidades apresentadas foram hipertensão, diabetes e alergias respiratórias, sendo as espécies Lippia alba, Mentha sp., Cymbopogon citratus, Chenopodium ambrosioides e Plectranthus amboinicus as mais cultivadas. A maioria dos medicamentos convencionais utilizados consistia em anti-hipertensivos e hipoglicemiantes, frequentemente combinados com ervas vegetais. As orientações para um uso seguro e racional de plantas medicinais por parte de profissionais de saúde são importantes para minimizar os efeitos adversos, interações farmacológicas e agravos à saúde dos usuários em razão da vulnerabilidade do conhecimento popular dos moradores.
Palavras-chave: Plantas medicinais; Comunidade rural; Medicina tradicional.