A obesidade infantil constitui uma preocupação de saúde pública crescente, resultado do acúmulo excessivo de gordura corporal, afetando um número crescente de crianças e adolescentes obesas, especialmente no Brasil. Em 2017, cerca de 9,4% das meninas e 12,4% dos meninos no Brasil apresentavam obesidade. Esta condição é influenciada por fatores genéticos, comportamentais, sociais e ambientais, incluindo uma dieta prejudicial, sedentarismo e uma influência da mídia. O consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e a falta de atividade física são os principais fatores que alertam para o aumento da obesidade. A família, especialmente a figura materna, desempenha um papel essencial na formação dos hábitos alimentares das crianças, enquanto o ambiente escolar é igualmente vital na prevenção da obesidade, por meio da educação nutricional e da promoção de atividades físicas. Além disso, fatores socioeconômicos exercem uma influência significativa, com famílias de maior poder aquisitivo tendo acesso a uma gama mais ampla de alimentos, muitas vezes menos saudáveis. A obesidade infantil está associada a doenças, como diabetes tipo 2, e problemas emocionais, incluindo baixa autoestima e depressão. A pandemia de COVID-19 exacerbou esses problemas, elevando o sedentarismo e o consumo de alimentos não saudáveis. Para enfrentar a obesidade infantil, é crucial uma mobilização colaborativa entre famílias, instituições educacionais e políticas públicas, promovendo hábitos saudáveis e um estilo de vida ativo. A sensibilização sobre a relevância de uma dieta equilibrada deve ser uma prioridade para garantir um futuro mais saudável para as próximas gerações.