Introdução: A obesidade infantil é um distúrbio nutricional relacionado ao aumento do tecido adiposo com acréscimo do peso corporal. Nos últimos anos, a obesidade infantil tornou-se uma epidemia mundial e um dos maiores desafios à saúde pública. Dentre as causas da obesidade tem-se inúmeros fatores: biológicos, ambientais, psicossociais, econômicos e comportamentais. Para realizar o diagnóstico em crianças e adolescentes com risco cardiometabólico, sugeriu-se o uso de indicadores antropométricos como ferramentas de triagem epidemiológica. Além disso, o Índice de Massa Corporal (IMC) pode ser utilizado e tem sido o método mais comum na prática clínica. O excesso de peso na infância predispõe: problemas respiratórios, diabetes melito, hipertensão arterial, dislipidemias. Dentre os tratamentos disponíveis tem-se a melhora da alimentação e a prática de atividades físicas. Intervenções psicossociais são necessárias a depender do contexto social e das causas que levaram ao aumento de peso. O presente artigo visa analisar o panorama da obesidade infantil no Brasil, a fim de melhor compreender as complicações relacionadas a essa condição. É preciso promover maior visibilidade a essa condição, em vista de prevenir e tratar. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. As bases de dados selecionadas foram Scielo e Lilacs, com os descritores “obesity and child” e “complications and childhood obesity”, sendo encontrados, respectivamente, 307 e 9, e 3002 e 199 resultados. Foram incluídos artigos publicados entre 2004 e 2022, nas línguas portuguesa e inglesa. Apenas estudos disponíveis na íntegra e que estivessem relacionados aos aspectos mais relevantes da obesidade infantil foram selecionados. Pesquisas com data de publicação superior a 5 anos, disponibilizadas apenas na forma de resumo, publicados em periódicos de baixo fator de impacto ou com metodologias inconclusivas foram excluídas, sendo selecionadas 13 referências. Discussão: Na atualidade, a má alimentação e o sedentarismo são os principais contribuintes para o aumento da obesidade infantil. O padrão alimentar dos genitores ou responsáveis reflete diretamente nas preferências dos filhos. São os familiares que determinam quais alimentos a criança fará ingestão, portanto, o ideal é que não disponibilizem alimentos calóricos. Apesar de o ambiente familiar ser o principal responsável para o delineamento do perfil alimentar dos infantes, sua atuação isolada não é suficiente para definir um perfil saudável na vida dessa população. Recentemente, houve uma piora significativa no perfil alimentar dos indivíduos, o que impactou profundamente a população pediátrica. Isso se deu no contexto da pandemia gerada pela COVID-19. Sendo assim, percebe-se que a obesidade é uma doença altamente prevenível e que apesar de existirem possibilidades terapêuticas, a prevenção continua sendo o melhor caminho para combatê-la. Conclusão: Em vista dos fatores discutidos, ações voltadas à prevenção desse agravo, além da conscientização sobre obesidade infantil e hábitos de vida saudáveis, devem ser aplicadas no ambiente escolar e familiar, sendo fundamentais para reverter esse quadro.
A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é um distúrbio endócrino heterogêneo que afeta mulheres em idade reprodutiva em todo o mundo. Estima-se que aproximadamente 1 em cada 10 mulheres enfrenta SOP e padece com suas complicações. Esse distúrbio endócrino, envolve em sua etiologia mecanismos de desenvolvimento diversos, permeando fatores risco genéticos e epigenéticos, o que influencia no seu diagnóstico e prognóstico. Entretanto, no que tange a sua fisiopatologia, essa possui características complexas que ainda não são totalmente compreendidas. Quanto às manifestações clínicas, estas estão relacionadas a irregularidade dos ciclos menstruais, hiperandrogenismo e outros acometimentos metabólicos característicos da síndrome. Dentro desse contexto, para além dos múltiplos fatores de risco já conhecidos, observou-se, no âmbito da pandemia do Coronavírus, um paralelo entre a presença da SOP e uma maior susceptibilidade de infecção pelo vírus da Covid-19, levando a uma maior atenção para essas pacientes. No que tange ao diagnóstico, este é considerado essencialmente um diagnóstico de exclusão, sendo utilizado para isso o critério de Rotterdam através de dois dos seguintes achados: presença de oligo-amenorreia, morfologia ovariana e hiperandrogenismo clínico e/ou laboratorial, não havendo exames específicos para sua detecção. Por fim, no que concerne ao tratamento, este deve ser realizado de acordo com as manifestações de cada paciente, associando mudanças no estilo de vida e intervenções farmacológicas. Diante disso, diversos dilemas podem ser levantados no contexto da SOP, ressaltando assim, a importância da delimitação dos fatores de risco associados, com o intuito de fornecer um tratamento rápido e adequado para cada paciente.
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