O presente estudo examina a distribuição de recursos financeiros dedicados à Ciência e Tecnologia (C&T) no Brasil, a evolução dos programas de pós-graduação e as características que sustentam a posição de destaque da Região Sudeste quanto à sua base de competências. A metodologia utiliza como método principal a estatística descritiva, já as tabelas são estruturadas segundo uma classificação temporal e geográfica e os gráficos elaborados em séries temporais de ordem cronológica. Foram utilizados dados até o ano 2015, em função de sua disponibilidade. De acordo com os resultados encontrados, a Região Sudeste ocupa uma posição central no financiamento federal. Em 2015 concentrava 53,3% do total dos aportes financeiros do Conselho nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e 47,6% do total destinado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. No período de 1996-2014 titulou 55,5% do número total de mestrados no Brasil e 71% do número total doutorados, com São Paulo sendo responsável pela concessão de quase 50% dos títulos de doutorado no país. Além disso, há uma tendência à desconcentração nos investimentos em C&T, entretanto o Sudeste ainda ostenta uma disparidade enorme nos recursos investidos, na formação de mestres e doutores e na oferta de programas de pós-graduação. Percebe-se também que mestres e doutores titulados na região Sudeste tendem a migrar para outros estados e estão empregados principalmente em entidade públicas.