Objetivo: Discutir, por meio de uma revisão narrativa, os tratamentos da SAOS mais relevantes nos últimos anos, esclarecer a relação entre o diagnóstico e o tratamento da SAOS com os valores pressóricos dos pacientes hipertensos, além de fazer um comparativo do valor pressórico de pacientes tratados e não tratados para SAOS. Revisão Bibliográfica: A HAS é a consequência cardiovascular mais bem estabelecida da SAOS. Diversos mecanismos decorrentes da hipóxia intermitente esclarecem essa associação, tais como a hiperatividade simpática, a atividade do sistema reninaangiotensina-aldosterona e a disfunção endotelial. O tratamento com CPAP indicou redução média de 4,78 mmHg e 2,95 mmHg na PA sistólica e diastólica, respectivamente. A terapia com dispositivos de avanço mandibular evidenciou redução na PA diurna sistólica de 1,8 mmHg e na diastólica de 2,2 mmHg. Considerações Finais: O tratamento da SAOS em pacientes com HAS mostra-se capaz de reduzir a pressão arterial média. É sugerido um manejo multiterapêutico que aborde os fatores modificáveis para SAOS. O uso de diuréticos é indicado pelos seus efeitos benéficos sobre a PA e sobre o edema faríngeo, contribuindo, assim, para melhora no quadro da HAS e da síndrome apneica.