Introdução: Ambientes urbanos como áreas verdes, praças, parques e escolas estão se tornando cada vez mais propícios ao aparecimento de animais peçonhentos, dentre eles as lagartas urticantes. Acidentes com algumas lagartas urticantes podem ser graves, podendo leva ao óbito, como no caso do gênero Lonomia. Objetivo: descrever o perfil epidemiológico dos acidentes envolvendo lagartas urticantes no município de Chapecó, Santa Catarina e identificar espécies vegetais hospedeiras destas lagartas. Metodologia: Foram coletados os dados epidemiológicos dos acidentes com lagartas urticantes registrados no período entre 2016 e 2017. Os dados foram obtidos junto ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram analisadas as variáveis sexo, idade, parte do corpo acometida, os meses que houve as notificações, a ocupação dos indivíduos que tiveram contato com a lagarta, local em que residem, escolaridade e a espécie da lagarta envolvida. Ainda, foram identificados os espécimes coletados pelo setor de Vigilância em Saúde Ambiental, bem como foram identificadas as plantas hospedeiras em que foram encontrados. Resultados: Foram registrados 377 acidentes envolvendo majoritariamente o sexo feminino e a faixa etária entre 20 a 49 anos. As partes do corpo mais acometidas foram o pé (17,0%), mão (12,9%) e cabeça (11,4%). Foram identificadas seis espécies de plantas associadas à ocorrência de lagartas urticantes Conclusões: O estudo contribui com informações epidemiológicas sobre os acidentes causados por lepidópteros em um município de grande porte. Ressalta-se, a importância de ampliar as pesquisas em relação às plantas hospedeiras e a divulgação dos resultados visando a prevenção de acidentes.