Ocorrências de quedas em unidades clínico-cirúrgicas e o grau de complexidade do cuidado

Abstract

Objetivo: descrever a taxa de quedas e o grau de complexidade do cuidado dos pacientes, em unidades de internação e identificar o perfil das unidades em que ocorreram o maior número de quedas. Metodologia: estudo transversal, exploratório, documental e descritivo desenvolvido em 12 unidades de um hospital público do sul do Brasil. Os dados foram coletados em bancos de dados institucionais e análise de prontuários, sendo analisados por meio de estatística descritiva. A complexidade do cuidado foi evidenciada nas notificações de queda e na classificação de dependência. Resultados: as quedas ocorreram, predominantemente, no turno da noite, com pacientes idosos, desacompanhados, com discreta prevalência entre homens. Em 70% não houve dano e a maioria ocorreu em unidades clínicas com predominância de cuidados semi-intensivos. O estudo seguiu as diretrizes do Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE). Conclusão: a classificação do grau de dependência dos pacientes proporciona o gerenciamento do trabalho da Enfermagem e a identificação de oportunidades de melhoria.

Fatores associados ao risco quedas em pacientes hospitalizados em um hospital escola

“…O tipo e local de internação e queda, estado de saúde antes e após queda têm sido investigados por vários estudos nos últimos anos (Abreu, et al, 2017;Luzia, et al, 2019;Quadros, et al, 2022). As quedas nas unidades, na maioria clínica, podem estar associadas a qualidade e manutenção dos leitos, ao tempo de hospitalização, a dinâmica e escassez de profissionais nos setores de cuidados levando a sobrecarga, principalmente quando na ausência de acompanhantes ou a baixa instrução dos Research, Society and Development, v. 12, n. 13, e116121344330, 2023 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org /10.33448/rsd-v12i13.44330 mesmos (Laus, et al, 2015;Almeida e Mendes, 2010).…”

Prevenção de quedas na hospitalização: oportunidades educativas na perspectiva dos trabalhadores de Enfermagem

“…28 O fato é que o acompanhante deve ser valorizado como uma barreira para a ocorrência da queda. [7][8][15][16] Entretanto, precisa ser igualmente copartícipe no processo educativo, com vistas a reconhecer-se como parte da vigilância, face aos cuidados necessários para prevenir a queda e a identificar as situações não previstas na prescrição de cuidados, para antecipar os possíveis riscos relacionados às circunstâncias ocasionadas pelo comportamento imprevisto do paciente. Para tanto, é demandado à equipe de Enfermagem que, por meio de uma escuta qualificada, consiga identificar as maneiras mais efetivas de construir conhecimento compartilhado e que esse acompanhante ou familiar seja, não apenas uma extensão da Enfermagem, 27 mas também uma barreira para evitar o dano decorrente da queda.…”

“…O investimento na educação dos trabalhadores requer habilidades interacionais, conhecimento sobre as maneiras diferentes de buscar a adesão dos interlocutores, leigos ou não, por essas informações. 8 As alternativas devem passar pelo uso de metodologias ativas no processo de educação, pela educação continuada durante a assistência, pelo investimento na educação de adultos, pela empatia com o outro, por incidir sobre o valor humano. 21 O reconhecimento desses investimentos promove atitudes seguras e reforço positivo para os profissionais, mesmo quando diante de todo o empenho não se atinge o êxito.…”

“…3 Outra investigação em um hospital público do sul do Brasil apontou 395 notificações de quedas em 2019, sendo que 65,7% ocorreram em idosos. 8 Com isso, justifica-se não somente as estratégias de prevenção para promover a qualidade de vida desse público, mas também as práticas inclusivas, o que pode ser explicado pelo montante econômico que se faz necessário para tratar o dano decorrente das quedas. 3 A análise das quedas identificou os fatores intrínsecos e extrínsecos para a ocorrência do evento, motivo pelo qual fala-se que a prevenção é multimodal.…”