INTRODUÇÃODentre as anemias hemolíticas crônicas, a doença falciforme é a mais frequente e incapacitante em nosso meio. Aproximadamente 0,3% a 3% dos nascidos vivos no Estado do Rio de Janeiro, apresentam anemia falciforme e traço falcêmico, respectivamente (1) ; cerca de 0,3% das crianças negras nos Estados Unidos são homozigotos SS (2) . A anemia falciforme é caracterizada pela produção de hemoglobinas anormais que deformam e tornam rígidas as hemácias, causando o aumento da viscosidade sanguínea e oclusão da microcirculação em graus variáveis (3) . As limitações físicas por todo o organismo aumentam em frequência e intensidade com o passar dos anos. Sabe-se que suas alterações oculares têm grande incidência e podem levar à amaurose irreversível. Estas possibilitam excepcional visualização e documentação, viabilizando sua análise precisa e bem documentada. Deve-se ressaltar que os quadros oculares são de início assintomático, o que torna imperioso o exame oftalmoló-gico completo e sob midríase dos portadores de doença falciforme.
RESUMO