“…Outros postulam que constituiria uma possibilidade de criação de uma forma social de produção diferente, convivendo com a produção capitalista, enquanto alguns acreditam que iniciativas empreendedoras em economia solidária podem constituir-se como alternativas de geração de trabalho e renda, mas seriam incapazes de confrontar as formas mercantis de produção (Andrade, 2008;Nobre, 2003). Cruz (2006) aponta que algumas características da economia solidária não estão dadas, mas se apresentam como tendências e potencialidades, desenvolvendo-se com maior ou menor intensidade de acordo com as condições objetivas e subjetivas em que se produzem cada uma dessas experiências, vista a conjuntura social em que vivemos, na qual o sistema de produção capitalista é hegemônico, mantendo sua lógica mercantil. Uma das contribuições da economia solidária é, mediante as experiências, desnaturalizar a técnica e a organização de trabalho capitalista como sinônimo de eficiência, perguntando-se a quem se destina esta chamada "eficiência", ao capital ou à sociedade?…”